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Governo do Estado coordena ações preventivas em cidades com alta incidência de leishmaniose visceral
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza, nesta terça (1º) e quarta-feira (2), atividades de encoleiramento de cães na cidade de Caxias e Timon. A estratégia, em apoio aos municípios, tem o objetivo de prevenir a leishmaniose visceral em localidades de alta incidência do flebotomíneo (mosquito-palha), inseto transmissor do parasita responsável pela infecção da doença em animais e humanos.
De acordo com o Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses da SES, o Maranhão notificou 253 casos confirmados de leishmaniose visceral em humanos, em 2021.
“O Governo do Estado coordena ações permanentes para conter o aumento de casos de leishmaniose visceral. Além das capacitações, orientamos os municípios prioritários em como proceder com a estratégia de encoleiramento, a fim de otimizar os resultados da intervenção nas localidades”, explica a coordenadora do Programa, Monique Maia.
Entre os municípios com maiores médias de casos e taxas de incidência, nos últimos três anos, estão Açailândia, Amarante do Maranhão, Aldeias Altas, Balsas, Barra do Corda, Bom Jesus das Selvas, Buriti Bravo, Buriticupu, Buritirana, Caxias, Chapadinha, Codó, Duque Bacelar, Grajaú, Gov. Edison Lobão, Imperatriz, Jenipapo dos Vieiras, Passagem Franca, Porto Franco, Riachão, São Domingos do Maranhão, São João dos Patos, São José de Ribamar, São Luís, Timon, Vargem Grande e Zé Doca.
A execução de atividades de prevenção da leishmaniose visceral é de responsabilidade das secretarias municipais de saúde nos 217 municípios maranhenses e deve ser tratada como ação permanente. Os municípios prioritários que aderiram ao encoleiramento vão receber os itens enviados pelo Ministério da Saúde para o quantitativo de animais a serem encoleirados.
As coleiras agem como repelente contra o inseto transmissor e deve ser colocada impreterivelmente no pescoço dos cães, a partir de 3 meses de idade. Por agir como inseticida, é recomendada a troca da coleira a cada 6 meses.
Sobre a doença
O ciclo inicia quando o mosquito fêmea infectado pica um cão, que o torna transmissor da doença. O animal não transmite diretamente a doença para o humano. É necessário novamente que o mosquito flebotomíneo (mosquito-palha) seja o vetor da transmissão da infecção do cão para o humano.
A leishmaniose visceral quando não tratada pode evoluir para morte em mais de 90% dos casos. Em caso de suspeita, o Sistema Único de Saúde oferta diagnóstico e tratamento para humanos nas Unidades Básicas de Saúde.
Os animais suspeitos podem receber diagnóstico nas Unidades de Vigilância em Zoonoses (UVZ) dos municípios ou em clínicas veterinárias. Embora não haja cura, os cães podem ser tratados para melhoria clínica e redução da transmissão.
Saiba identificar os sintomas da doença
Humanos
• Febre
• Emagrecimento
• Palidez
• Desânimo
• Apatia
• Aumento do volume de fígado e baço
• Complicações cardíacas e circulatórias
Cão
• Aumento do volume de fígado e baço
• Ferimentos na pele, costas, focinho e orelhas
• Lesões na córnea
• Unhas crescidas
• Desânimo
• Apatia