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SES, Ministério da Saúde e OPAS/OMS promovem “Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública”
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), promove, nesta terça (27) e quarta-feira (28), a “Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública”, no Rio Poty Hotel & Resort, em São Luís.
O evento conta com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e tem por objetivo promover ações integradas entre os setores da Vigilância em Saúde, através da realização de oficinas com foco na preparação, vigilância e resposta às emergências em saúde pública no Maranhão.
“Serão dois dias dedicados para o diálogo sobre a importância de fortalecer os nossos profissionais, de prepará-los para que possam atuar como multiplicadores desse conhecimento referente às emergências de saúde pública. O Maranhão é um estado diverso, tanto do ponto de vista geográfico como populacional e de fronteiras territoriais, o que revela a necessidade do protagonismo aos municípios como estratégia de investimento para um SUS cada vez mais efetivo”, afirmou a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.
A oficina abordou temas como preparação, vigilância e resposta às emergências em saúde pública. Representando o diretor do Departamento de Emergência em Saúde Pública do MS, Márcio Garcia, o assessor técnico-científico Carlos Frank, destacou o contexto das emergências em saúde pública como pontapé para a tomada de ações de preparação, vigilância e resposta visando futuras emergências de saúde pública.
“O que nós observamos é que o grande segredo de uma preparação para futuras emergências está em trabalhar os territórios, os estados, municípios, que têm as suas próprias particularidades. A oficina visa justamente isso, ou seja, que os gestores do estado possam observar suas fragilidades, suas fortalezas e desenvolver suas capacidades e isso não só em desastre, mas em outras emergências de saúde pública, como epidemias, pandemias, futuras pandemias, etc., pois é trabalhando essas capacidades que iremos fortalecer a preparação de todos os territórios brasileiros”, explicou o assessor técnico-científico do MS, Carlos Frank.
Dentro do cenário de emergências foram elencados três atores para serem trabalhados na oficina: a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renaveh), que atua junto aos núcleos hospitalares de epidemiologia instalado em todos os hospitais; os Centros de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde (CIEVS), que capilarizam as informações e rumores de qualquer cenário que possa merecer a atenção tanto de nível municipal, estadual e nacional; e o Vigidesastres, que trabalha na vigilância a resposta frente aos desastres, sejam eles naturais ou causados por algum tipo de acidente ou intercorrência.
Para a consultora nacional da OPAS/OMS na Coordenação de Vigilância, Preparação e Resposta, Paula Raia, a realização da oficina se torna necessária uma vez que o país vem vivendo emergências frequentes. “Fazer a preparação de uma resposta à emergência é estar mais fortalecido, estruturado e preparado para fazer o enfrentamento. A nossa ideia é apoiar os estados e os municípios em suas demandas, para isso, temos termos de compromisso com alguns estados a fim de garantir suporte tanto em contratação de apoio técnico, que também é do Ministério da Saúde, quanto no suporte em campo”.
A missão é fazer com que cada uma das três áreas trabalhadas na oficina esteja sensível às práticas de detecção, notificação, investigação e resposta a eventos e agravos de saúde pública. Nesta edição, foram elencados 17 municípios estratégicos para as emergências de saúde pública. São eles: Paço do Lumiar, São Luís, Paulino Neves, Monção, Pinheiro, Lago da Pedra, Santa Inês, Açailândia, Imperatriz, Bacabal, Pio XII, Barra do Corda, Chapadinha, Coroatá, Timbiras, Caxias e Balsas.
Representando o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Maranhão (COSEMS/MA), o secretário de Saúde do município de Vitória do Mearim, Técio Maciel, destacou que a oficina confirma o investimento que vem sendo feito nos municípios. “Não é só colocar números e dados no sistema, mas de avaliar e tomar decisões mais assertivas. O COSEMS está aqui para dar apoio e ser aquela mão forte para que possamos crescer, ajudando o estado e o nosso país”.
Também estiverem presentes na mesa de abertura da “Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública” a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Dalila Santos; o superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Maranhão, Glinoel Garreto; e a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (SEMUS-SL), Francelena de Sousa Silva.
Jakeline Maria Trinta Rios, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES, avalia o evento. “É uma oficina que está sendo realizada em todos os estados do Brasil, visto que ele abrange as áreas que são os eixos que trabalham com a vigilância da resposta às emergências em saúde pública. A iniciativa vem para fortalecer o trabalho de resposta dentro dos estados, em articulação com as áreas técnicas”.
“Não há dúvida que é um evento importantíssimo, até porque já participei em outro momento desse tipo de oficina. É mais informação e conhecimentos atualizados para a Barra do Corda e para o Maranhão. É de suma importância pois assim poderemos avançar nos trabalhos que já estão acontecendo, sempre na prevenção e controle de doenças, surtos e epidemias”, comenta Odila Márcia Vinhas, sanitarista e coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município de Barra do Corda.
Esthefany Souza, coordenadora de Enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parque Vitória destaca a troca de expertise. “Nossa unidade é de urgência e emergência, por tanto, todo conhecimento é válido para que possamos tratar de forma fidedigna qualquer situação que venha a acontecer. Espero poder adquirir bastante informação, passar para os demais núcleos e direção, que caso haja alguma necessidade iremos colocar em pauta tudo o que for conquistado no evento”.
“Por meio desse treinamento, a gente pode ter um fortalecimento das três redes, Renaveh, Vigilância Epidemiológica e Hospitalar e também do programa Vigidesastres. É nesse contato com os diversos atores que podemos estar detectando e intervindo mais precocemente, favorecendo uma resposta mais rápida a situações”, Natália de Sousa Campos Araújo, coordenadora do CIEVS de São Luís.