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Seis unidades da rede estadual são classificadas como de alta conformidade para segurança do paciente pela Anvisa
- 11 de abril de 2024
- Postado por: ascom
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Seis unidades que integram a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) alcançaram alta conformidade no relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente. O levantamento, conduzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), levou em consideração hospitais com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no ano de 2023.
No Maranhão, a rede estadual as seis unidades classificadas pela Anvisa foram: o Hospital Regional Dr. Everaldo Ferreira Aragão (Caxias), o Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago (Pinheiro), o Hospital de Câncer do Maranhão Dr. Tarquínio Lopes Filho (São Luís), o Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco (Timon), o Hospital Dr. Carlos Macieira (São Luís) e o Hospital de Cuidados Intensivos (São Luís).
“É um reconhecimento importante em defesa da vida, em defesa do cuidado dos nossos profissionais com os pacientes. Seguiremos juntos, trabalhando e aliando trabalho técnico com qualidade, e um visão voltada para a integralidade do cuidado”, pontuou o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
O relatório foi destinado aos gestores de saúde, profissionais dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP), das Comissões de Controle de Infecção (CCIH) e da assistência, além de profissionais que atuam no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e sociedade em geral.
A Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, em hospitais com UTI, é realizada anualmente de forma voluntária, sob coordenação da Anvisa e dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP), das Vigilâncias Sanitárias (VISA) e coordenações estaduais/distrital de controle de infecção.
Entre os regulamentos que atendem à análise, estão a Resolução RDC n° 36/2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde, bem como os documentos técnicos publicados pela Agência, como o Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente (2021-2025).
Participação e critérios
Foram convidados a participar da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente dos hospitais com UTI que funcionaram por pelo menos 10 meses em 2022, o que totalizou 2.179 hospitais como público-alvo. Em 2023, 1.442 hospitais com UTI participaram da etapa de preenchimento e envio do formulário de avaliação das práticas de segurança do paciente.
Dos critérios, foi observado: Sensibilização e divulgação aos hospitais com UTI; Preenchimento do formulário eletrônico; Análise dos formulários e documentos comprobatórios; Classificação preliminar dos serviços em relação à conformidade com as práticas de segurança do paciente; Devolutiva dos resultados aos serviços avaliados; Avaliação in loco de serviços sorteados e revisão da classificação dos serviços avaliados; e Consolidação dos resultados nacionais e por UF realizado pela Anvisa.
“Os resultados apresentados neste relatório revelam que o Governo do Estado, a Secretaria de Estado da Saúde e a Emserh empreenderam esforços e ações locais de melhoria destes indicadores. São ações de implantação de práticas seguras e minimização de riscos e danos aos pacientes, melhorando cada vez mais a assistência prestada aos usuários do SUS”, frisou o presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), Marcello Duailibe.
De acordo com a diretora geral do Hospital Alarico Nunes Pacheco, em Timon, uma das instituições que alcançou alta conformidade, o desfecho dessa avaliação enfatiza o compromisso constante dos profissionais de saúde com as metas internacionais para garantir a segurança do paciente. Eles se esforçam para oferecer cuidados seguros e de alta qualidade, respaldados pelo apoio integral da gestão. “Temos reuniões mensais onde discutimos todos os indicadores e estudamos melhorias. Ter alta conformidade é algo que nos deixa bastante feliz”, disse Ana Patrícia Bringel.
Para a diretora geral do Hospital Regional Dr. Everaldo Aragão, em Caxias, Rayara Martins, o objetivo é sempre alcançar os melhores resultados possíveis para o paciente. “A segurança do paciente é uma prioridade para nossa equipe de profissionais. Estamos comprometidos em fornecer o melhor atendimento possível, minimizando os riscos e danos aos pacientes durante a internação. Cada unidade hospitalar possui características distintas e, portanto, apresenta riscos específicos. Na UTI, o paciente crítico necessita de vigilância e assistência constantes, o que exige uma equipe altamente qualificada e atenta para intervir imediatamente em qualquer situação. Estamos orgulhosos do brilhante resultado publicado pela Anvisa em seu último relatório e acreditamos que medidas simples podem e devem ser implementadas de forma prática e objetiva por todos os nossos profissionais”, disse.
São 21 itens de checagem. Entre os critérios de avaliação estão: Núcleo de Segurança do Paciente instituído; Plano de segurança do paciente (PSP) implantado; Protocolo de prática de higiene das mãos implantado; Protocolo de cirurgia segura implantado; Protocolo para prevenção de quedas; Protocolo para segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos implantado; Protocolo para a prevenção de infecção primária de corrente sanguínea, entre outros.
“Esse resultado é uma construção compartilhada das boas práticas do Núcleo de Segurança do Paciente, com outras comissões do hospital, equipe multidisciplinar e demais parceiros que fazem acontecer a assistência dentro da unidade. É o trabalho de uma equipe que busca diuturnamente as melhorias da assistência, um trabalho árduo, mas compensador e que mostra que estamos no rumo certo”, destacou a enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital Regional de Caxias, Mayanny Araújo Coimbra.
Assistência essa que salvou a vida de Adriana Pereira da Silva, 32 anos, moradora do município de Lago da Pedra. Ela foi sofria de um aneurisma, foi atendida na unidade, submetida à procedimento cirúrgico, passou pela UTI e agora aguarda alta em ambulatório. “Atendimento excelente não só da UTI como do hospital todo. Não tenho o que reclamar. Sempre me senti segura na unidade. Eles salvaram minha vida”, comentou Adriana.