Maranhão participa do lançamento de programa para eliminação e controle de doenças socialmente determinadas

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou do lançamento do Programa Brasil Saudável, programa do Governo Federal, para eliminar ou reduzir, como problemas de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, principalmente, as populações em situação de maior vulnerabilidade social. A solenidade realizada, quarta-feira (7), contou com presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília (DF).

No Brasil, 175 cidades são consideradas prioritárias por possuírem, segundo o Ministério da Saúde, cargas de duas ou mais doenças ou infecções determinadas socialmente. No Maranhão, os municípios de Imperatriz, São José Ribamar e São Luís terão prioridade no programa. A identificação dos dados foi realizada pelo Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS).

“A partir de agora, iremos montar um comitê para discutir com vários atores importantes este processo. Iremos montar nossos planos de ações e demais ações necessárias para tomadas de decisão de gestão assertivas”, disse a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Dalila Santos.

Catorze doenças e infecções estão na lista de determinadas socialmente, entre elas: doença de Chagas, malária, hepatites virais, tracoma, filariose, esquistossomose, oncorcercose e geo-helmintíases.

Para outras doenças como tuberculose, HIV e hanseníase, o objetivo é atingir as metas operacionais de redução e controle propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2030. Já para doenças como HIV, sífilis e hepatite B, a meta é eliminar a transmissão vertical, ou seja, quando a doença é passada de mãe para filho.

Diretrizes

Segundo o Ministério da Saúde, são diretrizes do Programa Brasil Saudável – Unir para Cuidar:

– O enfrentamento da fome e da pobreza para mitigar vulnerabilidades condicionantes ou decorrentes das doenças ou das infecções determinadas socialmente ou a elas associadas;

– A redução das iniquidades e ampliação dos direitos humanos e da proteção social com ênfase nas ações de atenção a grupos populacionais específicos em territórios prioritários;

– A intensificação da qualificação e da capacidade de comunicação dos trabalhadores, dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil sobre as vulnerabilidades condicionantes ou decorrentes das doenças e das infecções determinadas socialmente;

– O incentivo à ciência, à tecnologia e à inovação; 

– A ampliação de ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental.