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Governo promove ação alusiva ao Dia Mundial do Rim e reforça medidas de prevenção
- 14 de março de 2024
- Postado por: Andréa Gonçalves
- Categoria: Notícias
O Governo do Estado realizou, nesta quinta-feira (14), ação alusiva ao Dia Mundial do Rim, no Centro de Hemodiálise São Luís, unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES). A atividade, que também tem o intuito de orientar sobre a prevenção da doença renal crônica, tem fins educativo e contribui com o diagnóstico precoce com consulta com médicos nefrologistas, rodas de conversa com psicólogos, avaliação nutricional, aferição de pressão arterial e glicemia, testes rápidos e coleta de sangue para realização de exames.
“A visão do governo é garantir a continuidade e a integridade da assistência por meio da promoção, prevenção e a recuperação dos pacientes, conforme preconiza a Política Nacional de Atenção aos Portadores de Doença Renal Crônica. Por meio dos serviços ambulatoriais, a gestão fortalece o diagnóstico precoce, principalmente de pessoas consideradas assintomáticas, ou seja, que se não tivessem feito um exame de rotina não saberiam da condição de seus rins”, disse a superintendente de Atenção à Saúde da SES, Joselia Alves.
O Dia Mundial do Rim é comemorado na segunda quinta-feira do mês de março. Danise Caldas, de 50 anos, é paciente diabética há 30 anos, e descobriu a insuficiência renal em uma ação de saúde pública há dois anos enquanto realizava testes rápidos de glicemia e pressão arterial. Todos os parâmetros estavam sob controle, porém quando se verificou o exame de creatinina, foi observado que ela estava em nível 3 da doença.
“Hoje eu faço acompanhamento, precisei mudar a medicação para atender tanto a diabetes como para proteger os rins. Além disso, passei a adotar um novo estilo de vida com atividade física, alimentação certa para o meu caso e hoje tenho uma vida tranquila e bebo bastante água”, destacou Danise Caldas.
Sérgio Reis, de 38 anos, descobriu a doença renal por causa de um familiar, diagnosticado com rins policísticos. A doença hereditária tem como característica grupos de cistos que se desenvolvem nos rins. Ele contou que ao saber que também tinha a doença relutou em cuidar da saúde, porém em 2016, quando durante exames de rotina descobriu a formação dos primeiros cistos, passou a adotar os cuidados necessários.
“Procurei ajuda profissional e passei cinco anos fazendo prevenção, cuidando da alimentação, tomando bastante líquido. Até que em 2021 eu tive que passar pelo processo de hemodiálise aqui no Centro de Hemodiálise e foi a partir da orientação dos psicólogos e enfermeiros daqui que entrei para a fila de transplante. No dia oito de setembro de 2023 recebi a ligação do Hospital Universitário Presidente Dutra que havia encontrado um doador compatível e fiz o transplante do rim direito”, contou Sérgio Reis.
Desde essa data, ele conta que a vida mudou para a melhor. “Antes do transplante eu não tinha muita perspectiva de vida, de fazer planos para 10 anos, entende? Talvez porque estivesse com trauma de acontecer comigo o que houve com o meu pai, mas eu tenho fé, confio em Deus, tive apoio de muita gente e dos profissionais daqui, fiz o tratamento, segui com a vida e agora eu consigo me planejar a longo prazo. Daqui a alguns meses eu volto às minhas atividades laborais e eu estou com a minha vida normal”, acrescentou.
De acordo com o Ministério da Saúde, Doenças Renais Crônicas (DRC) são um termo geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática.
De acordo com a diretora geral do Centro de Hemodiálise São Luís, Ana Patrícia Ferreira, a ação foi muito importante para alertar sobre a prevenção das doenças renais. “A nossa glicemia, a nossa pressão arterial, a quantidade de água que a gente toma pela nossa massa corporal é muito importante. Mais ou menos de três litros por dia é o que geralmente os médicos nefrologistas receitam, que aliado a atividade física, alimentação saudável e sono regular, tudo isso ajuda os nossos rins a funcionarem bem”.
No Maranhão, 1.800 pacientes estão em tratamento dialítico nos serviços de gestão estadual. Atualmente, a assistência para hemodiálise e acompanhamento ambulatorial especializado na Rede Estadual de Saúde conta com a assistência de 11 unidades: Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), Centro de Hemodiálise Balsas, Centro de Hemodiálise São Luís, BIORIM (Bacabal), Casa de Saúde e Maternidade de Caxias, Clínica de Nefrologia de Açailândia (CNA), Hospital Regional de Chapadinha, Centro de Hemodiálise Pinheiro, Hospital Regional de Carutapera, Centro de Hemodiálise de Presidente Dutra, e a Nefroclínica de Floriano, este último por meio de pactuaçã, garantindo atendimento aos mais pacientes da Região de Saúde de São João dos Patos.
Além destes, a SES também dispõe de ambulatórios especializados para acompanhamento da progressão da DRC na Policlínica de Açailândia, no Centro de Hemodiálise de Balsas, na Policlínica de Barra do Corda, no Hospital Regional Dr. Everaldo Ferreira Aragão (Caxias), no Hospital Regional de Chapadinha, no Hospital Regional Alexandre Mamede Trovão (Coroatá), na Policlínica de Imperatriz, no Centro de Hemodiálise de Pinheiro, na Policlínica de Presidente Dutra, no Hospital Regional Tomás Martins (Santa Inês), no Centro de Hemodiálise de São Luís, no Hospital Dr. Juvêncio Mattos (São Luís) e na Policlínica do Diamante, também em São Luís.