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Governo lança campanha Setembro Verde e reforça que “Dizer sim a doação é ver a vida de quem amamos continuar”

Com o lema “Dizer sim a doação é ver a vida de quem amamos continuar”, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Secretaria Adjunta de Assistência à Saúde e da Central Estadual de Transplantes do Maranhão, lançou, nesta terça-feira (5), a Campanha Setembro Verde, mês alusivo à doação de órgãos, no auditório do Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís.
Durante a abertura da campanha, o secretário Tiago Fernandes compartilhou uma mensagem para a população maranhense. “Estamos no Setembro Verde, mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, um ato de amor ao próximo e que pode salvar mais de uma vida. Eu vim aqui para lembrar que para ser um doador é fundamental deixar claro esse desejo para família. No Maranhão, cerca de mil pessoas estão à espera de uma doação. É por isso que estou aqui hoje pra dizer: eu sou Tiago Fernandes e sou doador de órgãos, e você?”, frisou o titular da SES.

O coordenador da Central Estadual de Transplantes do Maranhão, Hiago Sousa, destacou o processo público de transplante de órgãos e a importância do ato solidário de doar órgãos. “A política de transplante é uma política de estado em parceria com o Governo Federal. É a Central, vinculada a SES, que organiza essa política no estado. Nós temos várias ações ao longo do ano voltadas para a população leiga, que no final é quem diz sim, como para profissionais médicos, enfermeiros e assistentes sociais. Para as equipes, nós temos quatro capacitações agendadas até o final do ano, assim eles participam de forma ativa e se tornam multiplicadores”, explicou.
As ações têm gerado impacto positivo. Em 2023, o Maranhão realizou 166 transplantes, sendo 144 de córneas e 22 de rins. Ainda assim, de acordo com a Central Estadual de Transplantes do Maranhão, 1.091 pessoas estão na lista de espera para transplantes, sendo 260 para rim, 825 para córneas e 6 para fígado.

A média de doadores no estado segue o ranking nacional, cerca de 43%. Para quem aguarda na lista, a doação de órgãos é literalmente a chance de continuar a viver. Para o técnico do trabalho, José Wilkson Rodrigues, de 34 anos, a doação da córnea recebida há oito anos assegurou a retomada das atividades diárias.
“Foi uma dificuldade antes do transplante. Quando comecei a sentir os sintomas, eu acabei perdendo o emprego, me afastando dos amigos e de uma vida normal. Hoje, eu tenho um órgão na minha vida e ele mudou ela para melhor. É uma sensação maravilhosa! O órgão muda a vida das pessoas. Você pode fazer uma pessoa voltar a ter visão, ter um coração que pode continuar batendo, então é importante conversar com a família”, incentivou José Wilkson.

Também participaram da abertura da campanha Setembro Verde, o diretor administrativo do Hospital Dr. Carlos Macieira, Evilázio Aguiar; o gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), na ocasião representando a superintendente do HUUFMA, Joice Lages; a coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Transplante (CIHDOTT), Quênia Veras, além de doadores e familiares.
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Saiba mais sobre doação de órgãos e tecidos:
O que eu preciso fazer para ser um doador de órgãos e tecidos?
– Tudo o que você precisa é conversar com a sua família e deixar claro o seu desejo de ser doador. No Brasil, só familiares podem autorizar a doação.
Posso confiar no diagnóstico de morte encefálica?
– Totalmente. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é feito com duas avaliações clínicas distintas, realizadas por médicos diferentes e qualificados para isso. O protocolo ainda exige a realização de um exame complementar. Resumindo: nosso sistema é um dos mais rígidos do mundo.
Quantas vidas posso salvar sendo um doador?
– Um só doador de órgãos pode salva até oito vidas. Uma pessoa pode vir a doar coração, pulmões, fígado, intestino, pâncreas e rins. Além dos órgãos, tecidos como a córnea, pele, ossos e valvas cardíacas podem ser doados.
Os órgãos e tecidos doados irão para quem?
– Os órgãos e tecidos vão para os usuários que necessitam de transplante e estão em uma lista de espera. O sistema que gerencia a lista é rígido, sigiloso e totalmente seguro.