Notícias
Governo alcança mais 14 mil crianças e adolescentes com ação “Infância sem marcas: Um futuro livre da hanseníase”

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), ampliou a mobilização contra a hanseníase com a ação “Infância sem marcas: Um futuro livre da hanseníase”. Realizada em parceria com as secretarias municipais de saúde, a ação fez parte campanha Janeiro Roxo, beneficiando 14.095 crianças e adolescentes em 73 municípios maranhenses.
A iniciativa englobou busca ativa de casos, palestras, rodas de conversa e atividades lúdicas para sensibilizar crianças, adolescentes, pais e profissionais da saúde. Entre as cidades com mais crianças e adolescentes envolvidos, Riachão se destacou com 1.041 participantes, seguido por Coelho Neto, que envolveu 988 crianças e adolescentes, e Igarapé Grande, com 985 participantes.
A chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Dennyse Macedo, ressaltou o impacto da ação e elogiou o esforço conjunto dos municípios. “O compromisso das cidades participantes fortalece a prevenção e o enfrentamento da hanseníase no estado”, destacou.
Campanha
Com o tema “Hanseníase de janeiro a janeiro: Prevenção o ano inteiro”, a campanha Janeiro Roxo de 2025 inovou ao trazer, pela primeira vez, um recorte específico voltado ao público infanto-juvenil.
A estratégia incentivou os municípios a desenvolverem atividades educativas e lúdicas para facilitar o reconhecimento dos sinais e sintomas da hanseníase. Foram promovidas brincadeiras e dinâmicas interativas voltadas à identificação de possíveis manchas na pele, estimulando a busca por atendimento médico, caso necessário. Além disso, todas as ações foram monitoradas por um mapa interativo, que permitiu o acompanhamento em tempo real pelos gestores municipais.
Em 2022, o Maranhão registrou 2.349 casos da doença, dos quais 187 foram em crianças e adolescentes. Já em 2023, ocorreram 164 casos nessa faixa etária.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que afeta a pele, os nervos periféricos, os olhos e a mucosa nasal. Sua transmissão ocorre pelo contato próximo e frequente com pessoas não tratadas, por meio de gotículas expelidas pelo nariz e pela boca. Apesar de grave, a hanseníase tem cura, e o diagnóstico precoce é essencial para evitar sequelas e complicações. O tratamento adequado impede a progressão da doença e reduz a transmissão, sendo oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).