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Gestores e profissionais da saúde e da educação da Região Macro Sul do Maranhão debatem violência no ambiente escolar
Com o objetivo de discutir o fenômeno da violência nas escolas, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou, nesta quarta-feira (30 de agosto), o “Encontro Estadual sobre Violência no Ambiente Escolar: Desafios e Possibilidades para Promover a Cultura da Paz”, no auditório da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), em Imperatriz.
O encontro teve como público-alvo os profissionais da saúde, educação, secretários de saúde e da educação, coordenadores de atenção primária em saúde (APS), vigilância epidemiológica, Programa Saúde na Escola (PSE), bem como a participação da sociedade interessada na temática, na Região Macro Sul, compreendida pelas Regionais de Imperatriz, Açailândia, Barra do Corda, Balsas e seus municípios.
“É necessário trabalhar o incentivo à cultura de paz, de respeito às diferenças e, principalmente, da empatia. A violência surge de múltiplos fatores e causas, e o nosso desafio é a violência subnotificada, pois infelizmente os episódios ocorridos nem sempre chegam nas unidades de saúde, o que dificulta a implementação de medidas preventivas”, disse a superintendente de vigilância epidemiológica e controle de doenças da SES, Mayrlan Avelar.
Este é o segundo encontro realizado no Maranhão. O primeiro reuniu os municípios das regiões que integram a Macro Norte. Além de debater o fim da violência no ambiente escolar, o evento visou ainda identificar e dar visibilidade ao problema buscando estratégias de enfrentamento e combate a essas situações.
Na programação, os participantes puderam ter acesso a discussões a partir de temáticas como: “Construção da paz e violência na perspectiva da legislação vigente”, “Dever de comunicação: Notificações obrigatórias”, “Sinais de violência: Como identificá-los no âmbito escolar” e “A importância de cuidar da saúde mental e emocional no ambiente escolar”.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a cultura de paz é um conjunto de atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida de pessoas e grupos baseados no respeito pleno à vida e na promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais por meio da educação, do diálogo e da cooperação para transformação da realidade como um todo.
Também participaram da mesa de abertura do evento o coordenador das unidades regionais de saúde do Maranhão, Aristeu Marques; o tenente coronel do quadro de oficiais da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), Marcos Silas David Costa; a adjunta na Unidade Regional de Educação de Imperatriz (UREI) e representante da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Suely Leal; o defensor público Fábio Souza de Carvalho; o promotor do Ministério Público do Maranhão, Gleudson Malheiros Guimarães, além da Lisandra Leite, representando o Unicef no Maranhão.
Dados
No Maranhão, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/SES), a partir das fichas de notificação individual de violência interpessoal/autoprovocada, 170 casos de violências interpessoais e autoprovocadas no ambiente escolar. Os dados são do período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2022, sendo 28 casos no ano de 2018; 47 no ano de 2019; 17 no ano de 2020; 21 em 2021; e 57 em 2022. Segundo os dados, São Luís, Imperatriz, Caxias, Balsas e Codó apresentam maior incidência dos casos.