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Profissionais da Assistência em Saúde participam de oficina de diagnóstico de anomalias congênitas do pré-natal ao nascimento

Profissionais da Assistência em Saúde do Maranhão participaram, nesta quinta-feira (17), da Oficina Diagnóstico de Anomalias Congênitas do Pré-Natal ao Nascimento, no auditório do Palácio Henrique de La Roque, em São Luís. O evento é fruto de parceria com o Ministério da Saúde.
“O Governo tem buscado abraçar a ideia de qualificar os profissionais que estão lá na ponta da assistência a fim de aprimorar os serviços voltados para a saúde materna e infantil. Só assim iremos fazer um SUS mais efetivo e resolutivo, com olhar e toque qualificados, promovendo também a integração entre a Atenção Básica e a Assistência Especializada”, afirmou a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira.
A oficina é um evento presencial ofertado para todos os estados pela Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde. O objetivo é capacitar os profissionais diretamente com o pré-natal, parto e exame físico do recém-nascido a fim de melhorar o registro de anomalias congênitas na DNV, instrumento de coleta de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Para a enfermeira da Estratégia Saúde da Família e obstétrica, que atua no município de Paço do Lumiar, Maurinne Araújo, foi uma oportunidade de aprender para multiplicar. “Depois do advento do Zika vírus, é muito importante oferecer capacitações como esta. Assim, nós conseguimos fazer a identificação mais precocemente e também preparar o emocional e psicológico das mães e famílias para o nascimento do bebê e o seu desenvolvimento”, disse.
As anomalias congênitas são um grupo de alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina e que podem ser detectadas antes, durante ou após o nascimento. Dentre as anomalias apontadas na oficina, estão a Microcefalia, Fendas orais, Cardiopatias congênitas, Defeitos na parede abdominal, Defeitos de membros, Defeitos de órgãos genitais e Síndrome de Down.
A qualificação durou todo o dia e teve como material-base o ‘Guia Prático: Diagnóstico de anomalias congênitas no pré-natal e no nascimento’.
De acordo com o representante do Ministério da Saúde, João Matheus Breem, a oficina entra como estratégia de luta contra a subnotificação. “Apenas fazer capacitações e treinamentos dentro da vigilância epidemiológica não é o suficiente. Por isso pensamos em uma qualificação que pudesse atingir os profissionais envolvidos diretamente com essas crianças, sensibilizando-os para o diagnóstico precoce, transformando-os em multiplicadores em seus locais de trabalho”, explicou.
A chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Nelma Silva, destacou que é da Atenção Primária a responsabilidade de executar o pré-natal e o encaminhamento para a rede especializada. “Promover esse encontro implica em um ganho substancial para os serviços realizados pelo governo em conjunto com os municípios, pois tem como objetivo beneficiar as mães e seus bebês que são usuários do SUS, acolhendo também as famílias, além de fortalecer a rede de apoio para os casos de anomalias congênitas”, ressaltou.