Plano Estadual de Saúde do Homem Maranhense segue em construção com escutas municipais

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Departamento de Saúde do Adulto e Idoso, segue com a construção do Plano Estadual de Saúde do Homem Maranhense. O documento está sendo elaborado a partir de feito escutas territoriais com os diversos segmentos masculinos como homens em situação de rua e homens de Axé. A retomada das discussões, com o recuo da pandemia na Grande Ilha, coincide com o Dia do Homem, comemorado nesta quarta-feira (15).   

A intenção é, nos próximos meses, mobilizar os 217 municípios maranhenses como forma de dar apoio às ações executadas pelas prefeituras municipais. Ao passo em que o cenário permitir novas aberturas, a estratégia será continuar o processo de fortalecimento na Atenção Básica. Todo esse zelo se deve, também, ao fato de que a maioria dos homens não têm o hábito de buscar os serviços de saúde de forma preventiva. Como consequência desse comportamento, pessoas do sexo masculino apresentam maior mortalidade por doenças preveníveis, tais como hipertensão, diabetes e câncer de próstata.  

“Os dados mostram que as mulheres costumam buscar muito mais os serviços de saúde que os homens. Por esse motivo, temos estreitado o diálogo com esse público, a fim de aproximá-los dos serviços de saúde e, assim, contribuir para que todos possam ter acesso aos cuidados e à assistência necessária”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula. 

O objetivo do trabalho é apresentar estratégias que orientarão a gestão estadual com foco na saúde da população masculina. A operacionalização do plano se norteia pela articulação intra e intersetorial, assim como a transversalidade da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde do Homem (PEAISH). 

A Política de Saúde do Homem possui quatro eixos estratégicos, são eles: Acesso às redes de atenção; Promoção e vigilância em saúde; Educação permanente com foco na saúde do homem e produção do conhecimento; e Participação e controle social. Com isso espera-se ampliar o acesso aos serviços de saúde do SUS, qualificar e respeitar a diversidade de singularidades. 

Além disso, a meta é criar condições que promovam melhor atendimento voltado para o Aparelho Circulatório, como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Tabagismo, Hanseníase, Tuberculose e outras. 
O Plano busca ainda reduzir os riscos e agravos, considerando as especificidades epidemiológicas, ambientais e sociais nas regiões. O resultado é fomentar de forma contínua ações de sensibilização para a população em geral e os profissionais de saúde com foco na relação entre a população masculina e as violências.  

De acordo com a chefe do Departamento de Atenção à Saúde do Adulto e Idoso da SES, Claudiana Miranda Cordeiro, as ações de saúde voltadas para o homem transversaliza com todas as outras políticas da Atenção Primária. “É importante destacar que precisamos considerar a pluralidade e a diversidade masculina. Por isso o nosso diálogo com os municípios tem sido sempre no sentido de acolher e atender essa população na sua integralidade nas unidades básicas de saúde”, pontuou.