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Pacientes adultos com lábio leporino realizam etapa ambulatorial pré-operatório no Hospital Dr. Carlos Macieira
O Hospital Dr. Carlos Macieira dá prosseguimento ao atendimento de pessoas com fissura labiopalatina entre 14 e 47 anos. Mais sete pacientes passaram por consulta ambulatorial pré-operatória na primeira semana de dezembro na unidade da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em São Luís.
De acordo com o diretor geral do Hospital Dr. Carlos Macieira, Edilson Medeiros, serão atendidas 10 pessoas por semana, sendo que as primeiras cirurgias estão marcadas para acontecer no início de janeiro de 2020. “Com as cirurgias, a qualidade de vida destes pacientes será melhorada, principalmente em termos estéticos e do ponto de vista orgânico. A unidade do Estado está inteiramente habilitada para realizar os procedimentos, dispondo também de apoio ambulatorial no pós-operatório na UTI e enfermaria”, disse.
“A gente precisava de um serviço e assistência desse tipo. Está sendo uma maravilha isso tudo. Não é fácil ser aceito na sociedade porque todos os olhares sempre estarão em cima e isso faz a gente se sentir ruim. Eu mesmo ainda estou vencendo os meus desafios, o bom é que sempre tive apoio dos meus familiares e amigos”, disse Francisco Porto, de 21 anos, na quinta-feira (5), na avaliação no HCM. Ele é um dos pacientes beneficiados com a primeira etapa da expansão da rede de atenção à pessoa com fissura labiopalatina implementada pela SES. Em 2001, o paciente realizou dois procedimentos em unidades de São Luís e Coroatá.
Segundo a cirurgiã bucomaxilofacial, Ingrid Oliveira, o procedimento é de extrema importância para a vida dos pacientes atendidos. “A comunicação e até reconhecimento das coisas a nossa volta começa pela boca. As pessoas com lábio leporino enfrentam isso tudo, porém com maior dificuldade. O ganho proporcionado pela intervenção cirúrgica é a mudança da fala, maior sociabilidade e alimentação correta”, descreveu.
Após a avaliação no pré-operatório Carla Fernandes Carvalho, de 20 anos, natural de Bacabal, descreveu como foi a etapa do atendimento. “Estou achando tudo muito perfeito. As pessoas prestam atenção no que falamos, perguntam como estamos nos sentindo. Gostei do tratamento daqui”, revelou.
Os procedimentos a serem realizados são de correção de fendas palatinas e palatoplastia. Após a cirurgia todos os pacientes receberão acompanhamento de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, cirurgiões plásticos e bucomaxilofacial e odontólogos.
No Maranhão, o tratamento de fissura labiopalatina de 0 a 12 anos é ofertado no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, e a partir de 12 anos no Hospital Dr. Carlos Macieira.
As primeiras intervenções cirúrgicas são de lábio e palato, acompanhada do procedimento de enxerto na gengiva para nascimento dos dentes com fragmentos de ossos tirados do quadril. O procedimento operatório leva em média 6 horas. Fazem parte da equipe de profissionais que realizarão os procedimentos cirúrgicos: a cirurgiã bucomaxilofacial Ingrid Oliveira, o cirurgião plástico Júpiter Newler e o ortodontista Rafael Maya.