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Oficinas Terapêuticas oferecidas pelo CAPS AD Estadual contribuem com reabilitação de pacientes

Na promoção da reabilitação psicossocial de usuários com transtornos mentais decorrentes do uso de álcool e drogas, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD Estadual), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), oferece uma série de atividades para a reabilitação dos pacientes. Entre elas, são realizadas as Oficinas Terapêuticas, que além de possibilitar uma fonte de renda, também trabalham habilidades como as cognitivas e psicomotoras.
De acordo com o diretor do CAPS AD Estadual, Marcelo Costa, essas atividades ajudam no processo de recuperação dos pacientes. “Valorizamos o tratamento, a reinserção social e a autoestima, pois a produção artesanal também é uma forma de enfrentar a depressão. Damos a eles a capacitação técnica para fazer um produto e, com certeza, isso também pode ajudá-los na renda de casa, principalmente neste momento de pandemia, pois sabemos que o desemprego ainda é acentuado”, destaca o diretor.

Uma dessas atividades, a Oficina de Bijuterias, que foi realizada duas vezes por semana durante todo o mês de setembro, teve seu encerramento nesta quarta-feira (30). Ofertada de forma voluntária pela assistente social e artesã Ilma Cardoso, a oficina ensinou a confecção de chaveiros de miçangas.
“Esta é a terceira oficina que realizo de forma voluntária aqui no CAPS AD Estadual. São oficinas rápidas, porém muito valiosas para o tratamento, recuperação, reabilitação e reinserção social desses pacientes que estão em sofrimento mental. Pois além de ocupar o tempo, também é uma terapia, onde está sendo trabalhada a cognição, coordenação motora, concentração, além deles terem uma perspectiva de trabalho”, ressalta a artesã Ilma Cardoso.

Entre os pacientes, a recepção foi a melhor possível. “Esse curso foi uma terapia ocupacional que serviu para o meu cérebro e meu corpo. Para mim foi uma forma de viver e de criar, onde eu pude aprender um ofício e agora terei a possibilidade de passar esse ensinamento adiante”, afirma Pedro França. Ele conta que há três anos está em tratamento no CAPS AD, entrou na unidade para tratar o uso contínuo de drogas, entre elas, maconha, crack e cocaína. Hoje, aos 33 anos, Pedro diz que está superando o vício.

Durante o encerramento do curso, os pacientes também puderam ouvir a história de superação do Carlos Antônio, 35 anos. “Há um ano e meio eu era viciado em crack, passei cerca de 18 anos utilizando a droga, mas antes de chegar nela, ainda passei pela maconha e pela merla. Cheguei no CAPS AD em 2017, fiz o tratamento e saí, tive uma recaída e voltei novamente quando percebi que estava afundando ainda mais no mundo das drogas. Participei de uma das oficinas da professora Ilma e isso foi muito importante para mim, pois a ocupação mental influenciou muito para eu esquecer o mundo em que eu vivia”, conta.
Carlos hoje está recuperado e é membro de uma instituição que cuida de pessoas que estão lutando contra dependência química em Coroatá.