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Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão promove curso de Sensibilização do Método Canguru
A Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (MACMA), em São Luís, realizou de 18 a 20 de abril curso de Sensibilização do Método Canguru. A unidade da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é referência estadual desde 2013 nesse método, com certificação pelo Ministério da Saúde. O objetivo do Método Canguru é promover tratamento humanizado, cuidado e maior atenção ao recém-nascido e família durante a estadia hospitalar.
A médica neonatologista, Marivanda Furtado Goudard, avalia que o curso precisa ser disseminado e aplicado diariamente nas rotinas hospitalares. “Com esse curso, nós desenvolvemos estratégias para melhorar o atendimento a essas crianças e às famílias, diminuindo tempo de separação dos pais, em que os mesmos têm acesso livre na unidade Neonatal”, destacou a coordenadora da Unidade Intermediária Convencional e Canguru.
Atualmente a MACMA, gerenciada pelo Instituto Acqua, conta com 16 tutores, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeuta, psicólogo, e terapeuta ocupacional. O Método Canguru é caracterizado com o contato pele a pele principalmente da mãe e bebê, e tem benefícios em promover: oxigenação adequada; aumento da temperatura do corpo e estabilidade; menos episódios de apneia – paradas respiratórias durante o sono; diminuição do choro; aumento do aleitamento materno; aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família; diminuição do tempo de separação pai-mãe-bebê-família; melhor relacionamento família/equipe; estimulação sensorial positiva; diminuição de infecção hospitalar; controle e alívio da dor; acolhimento ao bebê e sua família; respeito às individualidades; e promoção do contato pele a pele precoce.
Thalyta Sousa Nascimento, de 25 anos, natural de São Luís, é mãe das gêmeas Ana Sophia e Ana Júlia. Elas nasceram pesando 1,900g e 1,700g com 33 semanas. “Poder colocar elas no meu peito para sentir meu toque é muito bom. Saber que isso melhora a saúde delas é maravilhoso, já criamos o vínculo mãe, filhas e irmãs, pois elas ficam mais juntinhas”, disse.
Tatiana Arruda Oliveira, fisioterapeuta da UTI neonatal, contou que a experiência do curso é fundamental. “Aprendemos a intensificar o nosso olhar humanizado como profissional, além de acolher e dar suporte no momento do Método Canguru para que o bebê e família recebam a assistência e tenham os benefícios ao aderirem à posição. Espero que o curso possa se expandir cada vez mais nas unidades de saúde”.
Mãe de Elton e Jade, prematuros, Thaila Alves Ribeiro, de 21 anos, do município de Santa Luiza do Tide, falou sobre os primeiros dias e benefícios do método. “No começo foi bem difícil, a gente não podia pegar porque é muito pequenininho, mas a partir do momento que eu comecei a fazer a posição Canguru eu senti que ele melhorou, pois estava muito mal na UTI. Ele ainda não mama direto no meu peito, mas tiro meu leite e eu mesma dou para ele”, declarou.