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Maranhão triplica número de leitos exclusivos para tratamento de Covid-19 desde primeiro caso da doença
Antes mesmo que o primeiro caso de coronavírus fosse registrado no Maranhão, o Governo do Estado adotou as primeiras medidas para expansão da rede de atendimento, já prevendo a possível grande demanda por leitos – a exemplo do que vinha ocorrendo pelo mundo. Com equipes trabalhando diuturnamente em obras de ampliação e com locação de unidades privadas, a rede estadual alcança, com a abertura de mais 27 leitos exclusivos nesta quarta-feira (29), um total de 735 leitos em todo Maranhão. E o trabalho segue, para assegurar espaços equipados para tratamento de pacientes com caso grave da doença.
A primeira medida adotada foi o bloqueio de leitos disponíveis em hospitais estaduais, paralelo a isto, já iniciavam as obras de ampliação das estruturas. Em 40 dias depois de registrar o primeiro caso da doença (19 de março), o Maranhão passou de 252 leitos – entre UTI e leitos clínicos – exclusivos para pacientes com Covid-19, para 735 leitos. Um aumento de mais de 200%.
“Nós estamos num quadro sanitário gravíssimo nacionalmente, os números tem crescido em todos os estados brasileiros e nós estamos, no caso do Maranhão, cuidando para que esse crescimento seja acompanhado do correspondente crescimento da capacidade operacional da nossa rede hospitalar. Esse é nosso principal esforço”, explicou o governador Flávio Dino, em entrevista.
Em São Luís, que concentra 86% dos casos da doença, os números pularam de 160 leitos exclusivos, no início da crise sanitária, para 486 – destes, 136 de UTI e 350 de enfermaria. O aumento expressivo foi possível com as obras de ampliação e reforma total do Hospital Genésio Rêgo, a implantação de novos leitos no Hospital Carlos Macieira – e expansão de nova ala no Hospital do Servidor, que permitiu receber pacientes de outras enfermidades do Carlos Macieira, e por conseguinte abrir mais vagas. Além da locação e adequação do Hospital de Cuidados Intensivos (HCI), do setor privado, destinado exclusivamente para o tratamento do coronavírus, com mais de 200 leitos. O atendimento foi reforçado com seis novas UTI móveis.
Nos municípios maranhenses também houve ampliação. Foram implantados novos leitos de UTI nos Hospitais Regionais de Imperatriz e Coroatá, e de UTI e enfermaria no Regional de Timon, bem como a reserva de leitos exclusivos em Chapadinha. A rede estadual de saúde conta com o apoio e parceria das Prefeituras, que também tem ofertado atendimento a pacientes do Covid-19.
Expansão em andamento
Os números de casos crescem, e também o trabalho para ampliar a ofertar de leitos. Em São Luís, está sendo construído um anexo com 50 leitos no Hospital Nina Rodrigues e o HCI passa por mais adequações para receber mais leitos. O Governo do Estado também alugou mais três hospitais, que estão sendo reparos para funcionamento – Hospital Real (200 leitos), São Jose (50) e Português. Além da implantação de mais 30 leitos no Hospital Carlos Macieira e da instalação de hospital de campanha, que será instalado no Multicenter Sebrae, com mais 200 leitos.
Nos demais municípios também há grande esforço para aumentar a capacidade de atendimento, com a possibilidade do aumento de casos. Por isso, em parceria com a Vale, está sendo instalado Hospital de Campanha em Açailândia, com 60 leitos, para atender também municípios vizinhos; além de 36 novos leitos para o Hospital de Imperatriz e 25 no Regional de Caxias. Os novos hospitais de Lago da Pedra e de Santa Luzia do Paruá tiveram o ritmo acelerado e estão em fase de entrega, garantindo 50 e 72 leitos, respectivamente.