Notícias
Maranhão começa a imunizar contra Monkeypox
O governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou, nesta terça-feira (21), a Campanha de Vacinação Contra Monkeypox, doença anteriormente chamada de “varíola dos macacos” e também conhecida pela abreviatura mpox. A abertura da vacinação foi realizada no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), no Hospital Universitário Materno Infantil, em São Luís.
A imunização é direcionada a um público específico priorizando a proteção de pessoas com maior risco de contaminação e de evolução para as formas graves da doença. O Maranhão recebeu 478 doses da vacina. A subsecretária de Saúde da SES, Liliane Carvalho, destaca a importância do trabalho das equipes para assegurar a vacinação dos grupos definidos pelo Ministério da Saúde (MS).
“Nós contamos com quatro pontos de vacinação, dois na capital, um em Bacabal e outro em Imperatriz. Para isso, a equipe fez um levantamento para que os critérios definidos possam ser respeitados, o que nos dá segurança de chegar a quem precisa”, disse Liliane Carvalho.
A técnica em Laboratório, que atua há 10 anos no Instituto Oswaldo Cruz/Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen), Flaviane Cruz, se diz orgulhosa de receber a primeira dose de proteção contra a monkeypox.
“Estamos na linha de frente, tendo o contato com os fluidos. A equipe do IOC/Lacen foi uma das pioneiras a refazer a análise da mostra da doença, então, hoje, é muito bom receber a vacina, a gente se sente mais protegido e melhor”, comemorou Flaviane Cruz.
O Maranhão registrou 129 casos confirmados da doença e um óbito. Para o enfrentamento da Monkeypox, o esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. A vacina é indicada para uso em adultos com idade igual ou superior a 18 anos. A vacina autorizada no Brasil é a Jynneos, produzida pela empresa dinamarquesa Bavarian Nordic. Esse é o mesmo imunizante utilizado nos Estados Unidos e na Europa.
Além de São Luís, os municípios de Imperatriz e Bacabal também farão parte da Campanha de Vacinação Contra Monkeypox. Em São Luís, a vacina monkeypox estará disponível no Centro de Saúde SAE do Bairro de Fátima; e no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) – Hospital Universitário Materno Infantil. O imunizante também estará disponível no SAE Bacabal e SAE Imperatriz.
Abertura da campanha
Também estiveram presentes na abertura da campanha, a secretária adjunta de Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Deborah Barbosa; a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Tayara Pereira; a chefa do Departamento de Doenças Imunopreveniveis da SES, Halice Figueiredo; a superintendente do HU-UFMA, Joyce Santos Lages; a infectologista pediatra do Materno Infantil, Silane Serra; equipes técnicas da SES e do Materno Infantil.
Fazem parte do grupo prioritário da vacinação contra monkeypox:
– Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
– Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
– Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade;
– Pós-Exposição: pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS.
Nesse último caso, de pós-exposição, também existem regras específicas. O público apto a se vacinar precisa:
– Ter tido um contato de médio ou alto risco de exposição com um caso suspeito, provável ou confirmado para mpox;
– Ter entre 18 a 49 anos de idade – comparecer ao serviço para vacinação até 4 dias após a exposição.