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Hospital de Câncer do Maranhão inicia Projeto Primeiro Diagnóstico
“É maravilhoso todo o apoio que temos recebido”. Foi o que disse Telma Santos, de 44 anos sobre o tratamento da mãe, dona Francisca dos Santos, de 82 anos, no Hospital de Câncer do Maranhão, desde que recebeu, em novembro de 2022, o diagnóstico para Mieloma Múltiplo, um tipo de câncer no sangue.
Para apoiar e proporcionar o acolhimento multidisciplinar ao familiar/cuidador de pacientes oncológicos, o Hospital de Câncer do Maranhão, unidade da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou o Projeto Primeiro Diagnóstico. Telma Santos participou, nesta terça-feira (9), do primeiro encontro do projeto.
Segundo Telma, até o diagnóstico do Mieloma, a mãe dela havia passado por vários outros atendimentos em diversos lugares. “Houveram momentos mais difíceis. Aquela notícia e o choque do resultado nos deixou desorientados, mas depois que o Serviço Social começou a nos acompanhar, tem sido reconfortante”, disse.
O projeto surgiu da necessidade de proporcionar uma escuta qualificada, conforme a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. A iniciativa respeitará um fluxo estabelecido pela SES, desde o início do atendimento na unidade.
Assim que o indivíduo se torna paciente do hospital, ele passa pela triagem e depois consulta com cirurgião/oncologista e serviço social. Em seguida, é realizada a primeira consulta com o médico oncologista/hematologista de forma a incluir a família, ou do cuidador, no cronograma de tratamento que será dispensado.
“Serão momentos que em vamos compartilhar informações que possam, da melhor forma possível, fazer o acolhimento dos familiares e cuidadores de pacientes. Assim, o Hospital de Câncer dá um passo à frente uma vez que traz de fato a humanização para a prática”, afirmou a coordenadora do Serviço Social e do Projeto Primeiro Atendimento, Camila Macedo.
Quem também se sentiu mais confiante depois de ser apresentado ao Primeiro Diagnóstico foi Diego Armando Lopes, de 38 anos. O pai dele, Isídio de Sousa Lopes, de 60 anos, desde de janeiro iniciou o tratamento para o Mieloma Múltiplo.
“É um divisor de águas, pois traz para nós os acompanhantes e familiares mais que o acompanhamento psicológico, traz o conhecimento e a proximidade do médico com o familiar o que gera mais conforto, nos fazendo acreditar também em todo o processo de tratamento que está sendo realizado”, destacou Diego Armando.
Durante as reuniões do projeto, membros da equipe multidisciplinar irão prestar orientações sobre as terapias adotadas na unidade. A psicóloga Talita Gouveia descreveu a iniciativa como uma atividade de redescoberta. “Ao longo desse processo precisamos encontrar uma dinâmica de rotina, ou desenvolver as que já foram identificadas, para saber lidar com os cenários. Por isso é tão importante que os familiares e acompanhantes também busquem construir as suas redes de apoio, assim como identificar as emoções e não ter medo de expô-las”.
Neste mês de maio, o projeto funcionará às terças e quintas-feiras, nos turnos matutino e vespertino. A previsão é que a partir do mês de junho o Primeiro Diagnóstico seja executado de forma diária.