Governo do Estado orienta sobre prevenção e controle da catapora
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início a uma série de orientações sobre prevenção e controle da varicela, também conhecida como catapora. As medidas foram direcionadas às 19 Unidades Regionais de Saúde do estado, após o recente surto da doença em Teresina (Piauí).
“A gente chama a atenção das pessoas que moram nos municípios na divisa com o Piaui, a exemplo Timon. A principal recomendação é que as elas atualizem a carteira de vacinação, além de evitar aglomeração urbana a fim de impedir a expansão da doença dentro do território maranhense”, alerta a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Marcia Melo da Costa.
Há três anos, o número de notificações da doença está em declínio no Maranhão. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2017, foram confirmados 817 casos de varicela. No ano seguinte, o estado registrou 395 casos, e, em 2019, houve uma queda de quatro casos – 391 notificações. Os casos notificados são referentes a surtos ocorridos em 49 municípios, sendo que os eventos de maiores proporções foram verificados em Barra do Corda, Caxias, Imperatriz e São José de Ribamar.
A doença
A varicela ou catapora é uma doença infecciosa altamente contagiosa, mas geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster. A doença é caracterizada pelo surgimento de exantema de aspecto máculopapular (bolhas), manifestando-se com maior frequência em crianças e jovens menores de 14 anos. Os casos podem ocorrer durante todo o ano.
Entre os sinais e sintomas apresentados está febre moderada, mal-estar, bolhas no corpo, prostração, cefaleia, anorexia e dor de garganta. Em crianças, a evolução geralmente é benigna e autolimitada, em adolescentes e adultos o quadro clínico tende a ser mais severo.
A transmissão da varicela é de pessoa a pessoa, por meio de contato direto ou de secreções respiratórias, podendo haver, ainda, casos de transmissão através do contato com lesões de pele. A infecção também pode acontecer de forma indireta, por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.
Medidas de prevenção e controle
A vacinação é a forma mais eficiente de prevenir a doença. A primeira dose de rotina deve ser administrada aos 15 meses de idade, com tetra viral ou tríplice viral mais varicela monovalente. O reforço acontece aos 4 anos, com a dose da varicela monovalente.
Os não vacinados aos 4 anos poderão receber a dose de varicela (atenuada) até os 6 anos, 11 meses e 29 dias, seguindo o Calendário Nacional de Vacinação.
A lavagem das mãos deve ser reforçada, assim como a higienização vigorosa de objetos, superfícies, roupa de cama e vestimentas. Pessoas doentes durante o período de transmissão (lesão ativa) e da incubação do comunicante (até 21 dias), não devem ter contato com recém-nascidos, mulheres grávidas ou qualquer indivíduo que esteja com a imunidade baixa.