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Governo do Estado debate estratégias de prevenção à gravidez na adolescência em webinário

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, na quarta-feira (2), o webinário “Se liga! Gravidez na adolescência, você pode evitar”. O evento foi transmitido pelo YouTube e reuniu profissionais da atenção primária em saúde, assistência social e educação. O encontro integra as ações da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pela Lei nº 13.798/2019.
O debate busca disseminar informações sobre as medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência ao desenvolver atividades em conjunto com o poder público e organizações da sociedade civil.
“É uma oportunidade para apontar sugestões de abordagem para os interessados no assunto. Destacamos a importância de considerar as origens, religiosidade, culturas, saberes, orientação sexual e diversidade como ferramentas de diálogo e a escuta humanizada sem pré-julgamentos”, explicou a representante técnica do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente (DASCA/SES), Poliana Cozzi.
Participaram do encontro profissionais de diversas localidades do Maranhão, bem como de outros estados. Entre os temas discutidos com os participantes, esteve a execução de boas práticas de prevenção à gravidez no período da adolescência, a importância da integração familiar e do pré-natal como medidas de segurança à gestante e ao bebê. Além destes, também foi destaque a paternidade responsável e a criação de serviço acolhedor.
A chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Mulher da SES, Ana Cleide Vieira, comentou o dever que pais e responsáveis devem ter ao superar barreiras e conversar sobre prevenção. “O estigma dos pais é um grande desafio para os profissionais de saúde e da educação. Digo isso porque, antes de trabalhar as temáticas, é preciso envolvê-los, mostrando que a informação é a sua principal aliada quando o assunto é fazer com que os filhos internalizem e repliquem conteúdos corretos, evitando erros e equívocos”, enfatizou.
Segundo o ConectaSUS, serviço de monitoramento do governo que analisa os indicadores de saúde e socioeconômicos dos 217 municípios maranhenses, no Maranhão, 21% das mães estão na faixa etária de 10 a 19 anos.
Para mudar essa realidade, foram sugeridas intervenções e parcerias intersetoriais e de gestão, bem como o investimento permanente em políticas de educação em saúde; ações de planejamento reprodutivo, principalmente como forma de reduzir os casos de gravidez não intencional; além de ações como estimular a busca ativa dos adolescentes e aproximá-los dos serviços de saúde na Atenção Primária; prestar assistência à saúde sexual, saúde reprodutiva, ao planejamento familiar, ao pré-natal, pós-parto e à saúde da criança.
Para a chefe do DASCA/SES, Nelma Silva, a articulação é a principal aliada. “Não é possível fazer um trabalho sem articulação e integração de políticas. Até porque o tema da prevenção à gravidez é tanto da criança e do adolescente como da mulher e da política pública”, destacou.