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Governo define Plano de Ação para prevenção e cuidado integral de doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis
Equipes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), do Ministério da Saúde, do Hospital Israelita Albert Einstein e da Fiocruz Brasília consolidaram, nesta quarta-feira (31), o Plano de Ação para Prevenção e Cuidado Integral de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, em Pinheiro.
O documento visa fortalecer a ampliação do acesso nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Pinheiro ao diagnóstico e prevenção ao HIV, Hepatites virais, entre outras ISTs, bem como a Tuberculose nas populações mais vulneráveis.
“O plano parte do princípio quanto a garantia do cuidado integral ao usuário do SUS. Quando a pessoa for buscar suporte, ela receberá desde consultas, assim como medicação, vacinação e exames, isso caso tenha recebido confirmação para uma das infecções. Assim, nós promovemos a interligação dos serviços, começando pela Atenção Básica até a Alta Complexidade em formato de rede”, explicou a chefe do Departamento de Atenção às IST/AIDS e Hepatites Virais da SES, Jocélia Frazão de Matos.
O Plano de Ação possui quatro eixos de ação: Prevenção, Diagnóstico, Rede de Apoio e Sistemas de Informação e Vigilância Epidemiológica. De acordo com a psicóloga e coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento em ISTs/Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS (CTA/SAE), Karem Pinheiro, a iniciativa ajuda no processo de descentralização e integração dos serviços de saúde do município.
“Para além do CTA, os pacientes também deverão receber atendimento nas 27 unidades básicas de saúde da Região de Pinheiro, facilitando a descoberta da doença e consequentemente o tratamento de forma mais precoce. Isso permitirá que as pessoas ganhem em qualidade de vida, oportunizando também o acesso a testagem”, pontuou.
O documento conta com a participação de segmentos da Atenção Básica, da Vigilância Epidemiológica, dos Conselhos de Saúde e membros da sociedade civil. Tal como o projeto, o Plano funciona no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADISUS triênio 2021-2023), executado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, sob a orientação do Ministério da Saúde.
Para a monitora de pesquisa do Albert Einstein, Sabrina Pugliese, o plano norteará tanto o usuário como o profissional. “O principal ponto é como podemos construir juntos todas as pontes sobre as possíveis ações de solução para cada caso. Isso ajudará a como dar assistência de forma que o paciente saiba aonde ir e quem procurar”.
Representando a sociedade civil, o líder do Grupo Resistência, Cris França, destacou que o Plano irá contribuir para o combate a LGTBfobia e outras discriminações correlatas. “Será uma quebra de paradigmas, uma vez que o segmento ainda sofre com o estigma de ser a população transmissora de ISTs, sobretudo HIV/AIDS. Então é importante este trabalho preventivo, principalmente educacional, pois é a partir disso que iremos mitigar muitos problemas, tanto do município, como da região”.