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Governo capacita profissionais da Fesma para diagnóstico e tratamento da hanseníase
O Governo do Estado promoveu, na terça-feira (7), uma capacitação com o objetivo de ampliar o combate à hanseníase nos municípios de maior incidência da doença. A qualificação, voltada para profissionais da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma), foi realizada no Hospital Aquiles Lisboa (HAL), referência da rede estadual de saúde para tratamento da hanseníase.
A coordenadora Programa Estadual de Controle da Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Maria Raimunda Mendonça, conta que a pandemia fez com que muitos casos deixassem de ser diagnosticados. “Temos observado a necessidade de fazer a busca dos pacientes represados, adotando ações que estimulem a detecção e o fortalecimento da vigilância nos municípios. A atuação dos profissionais da Fesma irá fortalecer e incrementar a detecção nos municípios”, disse.
“Os profissionais estão sendo preparados para trabalhar em conjunto com as ações da Carreta da Hanseníase, que irá percorrer municípios maranhenses considerados hiperendêmicos, fortalecendo o combate à doença. Os profissionais também darão suporte às equipes locais, capacitando-os para um melhor manejo clínico e para a busca ativa de pacientes”, explicou a coordenadora da Fesma, Cheila Farias Caldas.
Entre os municípios que devem receber a Carreta, estão: Arame, Barreirinhas, Anajatuba, Santa Inês, Santa Luzia, Governador Newton Belo e Grajaú. Durante a capacitação, profissionais foram orientados quanto à administração de medicamentos para os casos mais críticos, a busca dos contatos para testagem e o encaminhamento para a Unidade Básica de Saúde (UBS), onde o paciente diagnosticado será acompanhado.
A Fesma tem como missão levar atendimento em saúde para a população de baixa renda, ribeirinhos, quilombolas e indígenas. Além do enfrentamento à hanseníase, a Força também executa ações de combate e controle à hipertensão, diabetes, mortalidade infantil e materna.
O terapeuta ocupacional Gilvan Soares atua no município de Alcântara junto às comunidades quilombolas e disse que o treinamento vai contribuir para a quebra de estigmas. “Historicamente, o povo quilombola tem necessidades urgentes, uma vez que o vazio assistencial é muito maior do que em regiões não quilombolas. Neste sentido, o treinamento nos ajudará a fazer o rastreio na comunidade, investindo de forma qualitativa na saúde daquelas pessoas”, contou.
A médica clínica Daguimar Aquino trabalha na região de Barra do Corda e afirmou que o momento também serviu para atualização das estratégias de ação. “Toda linha de ação passa por evolução na sua forma de execução. Por isso, nada melhor do que contar com essa oportunidade de atualização, assim como também contar com a troca de informações a partir da experiência de outros colegas de profissão”, comentou.