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Com parceria da OPAS, Governo fortalece ações de controle da tuberculose no Maranhão
O Governo do Estado lançou, nesta segunda-feira (7), no auditório do Hemomar, o projeto “Fortalecimento das Ações de controle da Tuberculose Drogarresistente”. A iniciativa conta com a parceria da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e se somará às medidas já adotadas pelo Hospital Presidente Vargas, referência estadual no suporte médico e ambulatorial aos diagnosticados com a doença.
“O projeto é um ganho para o Maranhão e para o Hospital Presidente Vargas. Por serem considerados graves, esses pacientes drogarresistentes precisam de um acompanhamento mais próximo, já que cerca de 60% deles atingem a cura. Assim, a iniciativa vai contribuir para que essa realidade mude, bem como com o fornecimento de uma estrutura que faça um melhor acolhimento dessas pessoas”, afirmou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da SES, Rosany Carvalho.
A Tuberculose Drogarresistente (TB-DR) se apresenta quando as bactérias se tornam imunes à medicação, resultando no agravamento do quadro clínico do paciente, na diminuição de cura, prolongando o tempo do processo terapêutico. No Hospital Presidente Vargas, a assistência disponibilizada contempla desde o teste para diagnóstico até o acompanhamento ambulatorial.
Como forma de melhorar o serviço e dar mais conforto aos usuários do SUS que recorrem à unidade da SES, a OPAS aprovou e destinou recurso no valor de R$ 300 mil, que será utilizado para reparos estruturais no ambulatório de Tuberculose do hospital, na aquisição de equipamentos e remuneração dos profissionais participantes.
A diretora geral do Hospital Presidente Vargas e coordenadora técnica do projeto, Leyna Melo Lima, destaca a importância da iniciativa. “Nós somos a única unidade que diagnostica e atende pacientes com Tuberculose Drogarresistente. Por possuírem uma vulnerabilidade social muito grande, alguns estão há mais de um ano em tratamento. Dessa forma, o processo de cura depende da adesão do indivíduo ao tratamento”, disse.
O projeto
Atualmente, o Maranhão possui 54 pessoas, em 16 cidades maranhenses, diagnosticadas com Tuberculose Drogarresistente recebendo acompanhamento especializado. Para que essa assistência seja fortalecida, serão selecionados enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS) que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) próximas às residências desses pacientes para que seja feita a observação permanente.
Em São Luís, esse serviço terá o apoio de profissionais do ambulatório do Hospital Presidente Vargas. Para diminuir a desistência no programa de tratamento e aumentar os índices de cura, bem como de busca ativa, serão realizadas visitas domiciliares aos pacientes, tanto no interior como na capital.