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Centro Sentinela retoma serviço por meio do teleatendimento em São Luís
Na capital maranhense, o Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo da Maternidade Benedito Leite retomou, nesta semana, os serviços de orientação sobre planejamento familiar a mulheres que desejam utilizar métodos contraceptivos. Com as adequações dos fluxogramas das unidades de saúde, o serviço passa a funcionar por teleatendimento e direcionado para mulheres que desejam realizar a inserção do dispositivo intrauterino (DIU).
“Essa foi uma forma de adaptar o serviço que antes era presencial, às sextas-feiras. Agora, a paciente pode ligar para o telefone de atendimento e receber as orientações. Se atender aos critérios para inserção do DIU, a equipe faz o agendamento com horário marcado”, explicou Kelma Lucena, coordenadora de enfermagem da Maternidade Benedito Leite.
A unidade de saúde recebeu a doação de 300 dispositivos intrauterinos. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o ambulatório do Centro Sentinela passou a funcionar, atualmente, com equipe formada por uma técnica de enfermagem e um médico obstetra. O atendimento é feito pelo telefone (98) 99161-0615.
Kelma Lucena ressalta que o atendimento é direcionado para a inserção do DIU. O teleatendimento funciona de segunda a sexta, das 13h às 19h, com orientações acompanhadas pela enfermagem. “Ela faz a triagem, informa as contraindicações e, de acordo com a avaliação, é realizado o agendamento da inserção do DIU acompanhando o ciclo menstrual”, explicou.
As inserções do DIU são agendadas às segundas e quartas-feiras, no período da tarde, e realizadas pelo médico obstetra em até 15 minutos. “O objetivo do centro reprodutivo é organizar o planejamento familiar das mulheres e famílias para evitar o número de abortos por gravidez indesejada e também orientar sobre os principais métodos contraceptivos”, pontuou Hilmar Hortegal, médico responsável pelas inserções.
Gerenciado pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, o Centro Sentinela é resultado do termo de cooperação técnica entre Governo do Estado, Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e OMS (Organização Mundial da Saúde).
O DIU de cobre, como o nome sugere, é uma haste revestida com este metal. Ele libera pequenas quantidades de cobre no útero, causando algumas alterações no endométrio (tecido que recobre a parte interna deste órgão), no muco e na motilidade das trompas. Ocorre uma reação inflamatória que não faz mal ao organismo, mas torna a região hostil ao espermatozoide.
Qualquer mulher que já tenha vida sexual ativa e que não tenha as contraindicações citadas anteriormente pode receber o atendimento. Após 15 dias da inserção é realizado, na própria maternidade, exame de ultratransvaginal para avaliação e posterior acompanhamento com ginecologista. O dispositivo tem validade de 10 anos e pode ser retirado em qualquer período.