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Ação Resgate leva serviços de saúde e assistência jurídica para população em situação de rua

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio da Promotoria de Justiça Distrital do Centro, realizou a sexta Ação Resgate de 2025, nesta quinta-feira (27), na Praça Deodoro, com a oferta de serviços de saúde, cidadania e assistência jurídica, principalmente a população em situação de rua. A ação também fez alusão ao Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro.
O coordenador do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD Estadual), Marcelo Costa, destacou a relevância da iniciativa. “Estamos aqui para dialogar com as pessoas, oferecer serviços de saúde e assistência jurídica, e apoiar aqueles que buscam ajuda”, afirmou Marcelo.
Durante a ação, o CAPS AD Estadual disponibilizou testes rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e C, vacinação, aferição de glicemia e pressão arterial, além de consultas médicas com clínico geral e apoio para internação voluntária para tratamento da dependência química. O MPMA, por sua vez, ofereceu orientações jurídicas, encaminhamentos para emissão de segunda via de documentos e outros serviços de cidadania.
O titular da Promotoria de Justiça Distrital do Centro, Marco Aurélio Fonseca, enfatizou a importância de levar os serviços diretamente à população em situação de rua. “Trabalhamos em parceria com o CAPS AD há muito tempo; são nossos parceiros de primeira hora. Trazer a ação para este local facilita o diálogo e o acesso aos serviços sem barreiras”, destacou o promotor.
Entre as pessoas atendidas, Francisco Almeida, de 43 anos, aproveitou a oportunidade para tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19. “Acho muito bom, porque nem sempre temos tempo ou condições de buscar esses serviços”, comentou.
Diego Cabral Teixeira, de 39 anos, buscou apoio para sair das ruas e iniciar tratamento contra a dependência química. Há 11 anos em situação de rua, ele decidiu procurar ajuda motivado pelo desejo de reencontrar a família. “Minha mãe fez um acordo comigo: ou eu faço o tratamento ou continuo na rua. Quero voltar para casa, ajudar minha família”, disse Diego. Casos como o dele são encaminhados para a Unidade de Acolhimento (UA), que oferece residência temporária e acompanhamento terapêutico.
O delegado titular do 8º Distrito Policial e um dos idealizadores da Ação Resgate, Joviano Furtado, alertou sobre os riscos de recaída durante o carnaval. “A dependência química é uma doença que exige vigilância constante. Queremos evitar que as pessoas tenham recaídas e precisem recomeçar o tratamento, mas caso aconteça, estamos aqui para auxiliá-las”, ressaltou.