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SES e Seap reforçam ação de saúde durante a 25ª Semana do Encarcerado na Unidade Prisional Feminina de São Luís
Durante a 25ª Semana do Encarcerado(a), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), participou, nesta quarta-feira (4), da ação de saúde para pessoas privadas de liberdade da Unidade Prisional Feminina de São Luís (UFPEM). A ação foi realizada através da equipe da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma). Na ocasião, as internas receberam palestra sobre higiene pessoal e tiraram dúvidas sobre uso correto de absorventes, saúde sexual, entre outros assuntos.
A programação alusiva à 25ª Semana do Encarcerado(a), promovida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), acontece entre os dias 2 e 8 de setembro. O objetivo é fomentar o conhecimento entre as Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), dos seus direitos, bem como conscientizar e motivar as instituições do Sistema de Justiça na garantia de direitos fundamentais e participação nas ações.
“O compromisso do Governo do Estado é cuidar de todos os seus munícipes, e isso inclui também as pessoas privadas de liberdade. Nosso propósito é levar conhecimento, prevenção e saúde de qualidade. Ao fazermos isso estamos assegurando direitos a todas as pessoas”, disse o superintendente de Atenção Primária da SES, Willian Ferreira.
Durante a palestra ofertada às internas, foi discutido a forma correta de higiene íntima, a identificação de alterações na virilha e região pélvica que possam sugerir algum tipo de infecção, irritações na pele, corrimento diferente do normal, entre outras necessidades próprias do corpo feminino.
Segundo a enfermeira e especialista em Saúde Sexual e Familiar da Fesma, Andréia Abreu o apoio da SES contribui para um SUS mais justo. “Ações como essas são importantes enquanto ferramenta de autoconhecimento. Nesse compartilhar de informações, nós tanto conseguimos prevenir as doenças ginecológicas dentro do sistema carcerário, como também ajudamos as internas a perceberem melhor o próprio corpo”.
Uma interna de 24 anos, de identidade protegida, destacou que aprender sobre o próprio corpo é sempre positivo. “É bom porque traz conhecimento para coisas que antes tínhamos dúvidas e que nos ajudarão quando estivermos lá fora. Além disso, ajuda a diminuir o preconceito consigo mesma”, comentou.
Para uma outra mulher, de 22 anos, de identidade protegida, interna da UFPEM, a palestra foi bastante proveitosa. “Para nós é bom porque assim passamos a entender coisas que não nos foram explicadas. Eu, por exemplo, não fui criada por mãe, mas apenas pelo meu pai, então tem muita coisa que eu não aprendi, por isso a palestra vai me ajudar a ter mais entendimento durante esse tempo na prisão”.
Atualmente, a Coordenação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Pessoa Privada de Liberdade da SES acompanha e monitora as 24 equipes de Atenção Primária Prisional dos municípios, destas, 8 equipes são da Atenção Primária Prisional Estadual, que assistem as Unidades Prisionais situadas em São Luís, Imperatriz e Coroatá.
Esses serviços prestados aos internos são apoio as equipes multiprofissionais formadas por médicos, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, farmacêuticos e psiquiatras. De acordo com o Sistema e-Gestor Atenção Primária, do Ministério da Saúde, a Rede de Saúde Estadual já ofereceu mais de 32 mil atendimentos de saúde para as pessoas privadas de liberdade, garantindo assim o direito constitucional à saúde.
“Na Política de Atenção às Pessoas Privadas de Liberdade, trabalhamos para oportunizar o acesso a serviços de saúde. Em ações como esta, mostramos que o SUS tem chegado a todas as pessoas, em principal às mulheres internas, atendendo suas particularidades e peculiaridades a nível físico, emocional e social”, afirmou a coordenadora de Saúde Prisional da SES, Cristiane Baldez.
Presente na palestra, o diretor geral da UFPEM, Bruno Peixoto, celebrou a parceria entre Seap e SES com foco na saúde das internas. “Somente a Seap sozinha não conseguirá atender todas as demandas, por isso a parceria com a SES tem sido de fundamental importância na prevenção de doenças, no acesso a informações, coisas que nos auxiliam no planejamento de políticas públicas cada vez mais eficazes”.