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Hospital Carlos Macieira realiza pela terceira vez implante percutâneo de válvula aórtica

Dois pacientes passaram, nesta semana, pelo procedimento cardíaco de Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI) no Hospital de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís. Esta é a terceira vez que a intervenção é realizada na unidade, que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e é gerenciada pelo Instituto Acqua.
A técnica TAVI é minimamente invasiva e indicada para pacientes com mais de 60 anos diagnosticados com estenose aórtica grave, uma patologia que provoca o estreitamento da válvula aórtica, dificultando a passagem do sangue do coração para o resto do corpo.
No HCM, a equipe médica utilizou o setor de hemodinâmica para implantar a válvula artificial dentro do coração dos pacientes, por meio de um cateter inserido pela artéria femoral, sem necessidade de cirurgia no tórax.
O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, destacou a importância da realização desse tipo de procedimento no Maranhão.
“A realização desse tipo de procedimento no HCM reforça o papel do Governo em garantir a qualidade de vida desses pacientes. Por meio de uma equipe altamente qualificada, conseguimos realizar uma cirurgia com uma abordagem que reduz o risco de complicações graves, com uma técnica minimamente invasiva e que permite melhorar a qualidade de vida desses pacientes. São muitos avanços no cuidado de saúde no estado”, frisou Tiago Fernandes.
Os dois pacientes submetidos ao procedimento são homens, tem 78 anos de idade e possuem comorbidades, incluindo doença cardíaca. A intervenção ocorreu sem intercorrências, e ambos apresentam quadro clínico estável.
O coordenador do Serviço de Cardiologia Intervencionista do HCM, Mauro Fonseca, detalhou o procedimento. “Os pacientes idosos que têm essa patologia e apresentam alto risco cirúrgico passam por uma avaliação de uma junta médica composta por clínico, cirurgião e hemodinamicista para definir a necessidade do procedimento. Após a decisão, realizamos a técnica com toda a equipe médica, em um tempo médio de 30 a 50 minutos. Entre 24 e 48 horas o paciente já pode receber alta. O procedimento é minimamente invasivo, reduz o tempo de internação e evita que o idoso precise enfrentar uma cirurgia cardíaca de alto risco e permanecer em UTI por mais de dez dias”, explicou.
Nayara Tavares, filha de um dos pacientes beneficiados com o TAVI, elogiou o trabalho da equipe e agradeceu o acolhimento recebido. “Meu pai foi internado aqui com vários problemas de saúde, mas as equipes médicas, de enfermagem e outros profissionais nos deram todo o suporte. São muito atenciosos e acolhedores. O hospital está de parabéns”, destacou.
TAVI
Pacientes diagnosticados com estenose aórtica grave eram submetidos à cirurgia cardíaca aberta, que exigia um corte na região torácica e resultava em um período de internação de 10 a 14 dias.
Com o Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI), o acesso é feito pela artéria femoral, por onde a prótese é conduzida de forma comprimida dentro de um cateter com diâmetro aproximado de 0,6 a 0,7 centímetros. Ao chegar ao coração, é realizada a retirada da válvula comprometida e, em seguida, o implante da nova prótese. O resultado é a melhora do bombeamento do sangue e o restabelecimento da função cardíaca.
Após o procedimento, o paciente pode receber alta médica em até 48 horas e, cerca de 15 dias depois, já está apto a retomar suas atividades de rotina.