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Governo promove ação alusiva ao Setembro Verde no Aeroporto de São Luís

O Governo do Maranhão promoveu, nesta segunda-feira (29), uma ação alusiva à Campanha Setembro Verde no saguão do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís.
Durante a iniciativa, executada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Central Estadual de Transplantes do Maranhão (CET-MA), passageiros e comerciantes da localidade puderam esclarecer dúvidas e receber informações sobre a doação de órgãos e tecidos.
“Temos buscado fortalecer a Campanha Setembro Verde, realizando ações durante todo o mês em diferentes espaços da cidade, e o aeroporto não poderia ficar de fora, já que as companhias aéreas também são parceiras no transporte de órgãos e tecidos para transplante. Achamos que seria interessante vir até aqui fazer essa sensibilização, tanto junto aos colaboradores do estabelecimento quanto aos usuários, mostrando que devem conversar com suas famílias para que, com isso, melhoramos ainda mais a situação das filas de espera por transplantes no estado”, disse a coordenadora de Credenciamento e Educação da CET-MA, Renata Rocha Ferro.
A ação aconteceu de 9h ao meio-dia. Nesse período, foram distribuídos materiais informativos com o objetivo de desmistificar preconceitos e orientar a população sobre como proceder para se tornar doador de órgãos e tecidos.
Carlos Alberto Martins dos Santos, de 67 anos, de São José de Ribamar, acompanhava familiares que aguardavam o embarque. “Eu considero a iniciativa boa. Eu não era doador, mas agora pretendo ser. Doar é importante porque salva vidas, porque ajuda o outro ser humano que está precisando”.
A comerciante de biojoias Joacélia Avelar, de 52 anos, afirmou que a conscientização da doação de órgãos é uma iniciativa necessária. “A ideia de informar as pessoas da importância da doação de órgãos é maravilhosa, pois elas precisam ser orientadas nos mínimos detalhes. Eu já era doadora de órgãos e tenho reforçado esse desejo com meus familiares, pois vejo a necessidade de quem está na fila de espera. Eu considero a doação de órgãos a melhor ideia que o ser humano já teve”.
Seja você também um doador
Para ser doador é importante manter o diálogo com familiares e amigos ainda em vida. No Brasil, por lei, a decisão final sobre a doação de órgãos e tecidos cabe à família. Portanto, existem ferramentas que podem facilitar para que o desejo do doador seja respeitado pelos entes queridos após o falecimento.
Além do diálogo, uma forma de garantir que a vontade seja cumprida é a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), ferramenta digital que registra a autorização eletrônica de doação de órgãos por parte do doador. Pelo site www.aedo.org.br a pessoa interessada pode registrar sua decisão de ser doadora de órgãos e tecidos, garantindo que sua vontade seja respeitada e lembrada.
Com a autorização digital, a família pode ter acesso ao desejo do paciente ainda em vida, documentado em cartório. Ao optar por respeitar essa decisão, vidas poderão ser salvas com a retirada de órgãos para transplante de coração, córneas, fígado, intestino, músculo esquelético, pâncreas, pele, pulmão, rins e válvulas.
A Lei 9.434 estabelece dois tipos de doadores: vivos, que podem doar medula óssea, um rim, parte do fígado e do pulmão; e falecidos, com morte encefálica constatada em UTI, potenciais doadores de órgãos e tecidos como coração, rins, córneas e fígado. As doações seguem para receptores compatíveis da lista única do Sistema Nacional de Transplantes.