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Governo do Maranhão encerra oficina do Desafio Super SUS

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), encerrou nesta sexta-feira (31) a Oficina Desafio Super SUS: Sanitaristas para 2050, realizada na Escola de Governo do Maranhão, no Centro de São Luís. A atividade marcou o encerramento de dois dias de programação voltada à formação de jovens protagonistas no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto Super SUS chegou ao Maranhão em agosto de 2024 e envolve 16 municípios e 23 estudantes da rede pública. Entre as cidades estão: Imperatriz, Colinas, Grajaú, Anajatuba, Arari, Belágua, Cantanhede, Itapecuru-Mirim e Matões do Norte. A iniciativa coordenada pela Fiocruz Pernambuco, foi criada para preparar adolescentes entre 12 e 17 anos para pensar o futuro do SUS, desenvolvendo ações práticas e reflexões sobre saúde, cidadania e justiça social.
Para o superintendente de Atenção Primária da SES, Willian Ferreira, a oficina reforça o compromisso do estado com uma saúde pública participativa e inovadora. “No Maranhão, o projeto ganha destaque ao valorizar o protagonismo juvenil na promoção da saúde e no fortalecimento do SUS, mostrando que investir em conhecimento e participação social é o caminho para uma saúde pública mais justa e transformadora”, disse o superintendente.
Durante a oficina, os participantes debateram temas como racismo em saúde, participação social e os desafios do SUS do futuro. As atividades incluíram rodas de conversa e dinâmicas de grupo. O público era formado por gestores municipais, educadores, representantes da comunidade escolar e da Fiocruz.
A vice-coordenadora do projeto da Fiocruz Pernambuco, Michele Feitosa, explicou que o Super SUS utiliza ferramentas interativas, como jogos digitais e atividades territoriais, para estimular o aprendizado e o engajamento dos jovens. “Queremos que esses adolescentes se tornem os sanitaristas de 2050, capazes de reconhecer os problemas de saúde em seus territórios e propor soluções criativas e sustentáveis. É um movimento que fortalece o SUS a partir da escuta, da educação e da participação social”, explicou.
O curso Sanitaristas para 2050, eixo central do projeto, soma 65 horas de formação, com módulos teóricos e práticos. As etapas abordam desde a história do SUS e o direito à saúde até temas atuais, como desinformação, interseccionalidades e mudanças climáticas. Cada grupo de estudantes deverá elaborar, até março de 2026, um plano municipal para o SUS do futuro, propondo melhorias e estratégias adaptadas à realidade de cada território.
Entre os protagonistas está Maria Elloyza Castro, de 12 anos, estudante de São Benedito do Rio Preto. Ela contou que o projeto despertou seu interesse pela saúde pública e a ajudou a compreender o papel do SUS na vida das pessoas. “Está sendo uma experiência muito legal, porque o SUS é algo com que eu sempre quis trabalhar. Estou aprendendo várias coisas novas, como lidar com os sentimentos e conhecer sobre plantas medicinais”, disse a estudante.