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Governo discute intersetorialidade do SUS durante 1º Fórum Saúde de Adolescentes na Atenção Primária em Saúde

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu nesta terça-feira (23) o “1º Fórum Saúde de Adolescentes na Atenção Primária em Saúde”, no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís. O objetivo foi discutir a saúde do adolescente no Maranhão, com foco na intersetorialidade do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir das demandas da Saúde, Educação, Direitos Humanos, Assistência Social, bem como da sociedade civil e de movimentos sociais.
“O encontro nos lembra que saúde é bem-estar integral e que os adolescentes precisam ser ouvidos e valorizados. Portanto, ao reunirmos diversos atores neste Fórum, reafirmamos que a garantia de direitos só acontece na coletividade. É dessa maneira que fortalecemos a Atenção Primária e enfrentamos temas fundamentais como a saúde mental, a prevenção de ISTs e a gravidez precoce, sempre com respeito à diversidade do nosso estado”, destacou a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.
O evento possibilitou aos participantes o debate de pontos referentes à Política Estadual de Saúde do Adolescente e de como esse público específico pode ter acesso a serviços que devem estar disponíveis na Atenção Primária à Saúde (APS), que é a responsável pelo cuidado dentro dos territórios, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Representando o Ministério da Saúde, a gestora da coordenação geral da Equidade e Determinantes Sociais em Saúde do Programa Saúde na Escola, Graciele Alves Delgado, afirmou que olhar para a juventude brasileira é também olhar para os fatores que ainda impõem dificuldades. “É importante que o governo reflita sobre questões que são desafiadoras. Os fatores externos que afetam a vida da nossa juventude, como a gravidez na adolescência, infelizmente, a afastam de toda a sua potencialidade. Portanto, olhar para a juventude brasileira é olhar para obstáculos que ainda precisam ser superados.
É trabalhar para que tenhamos grêmios potentes e jovens que consigam manifestar seus direitos”, pontuou Graciele Alves Delgado.
Entre os assuntos abordados estão os Desafios e Potencialidades da Atenção à Saúde de Adolescentes na APS; Identidade, Sexualidade e Saúde Mental; Diversidade e Equidade na Saúde de Adolescentes: reconhecimento de singularidades; Abordagem sobre Saúde Sexual e Reprodutiva com Adolescentes; Fluxos de Cuidados e Intersetorialidade com a Rede de Proteção, entre outros.
A estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Williane Fernanda Figueiredo, de 18 anos, compartilhou seu entusiasmo com a realização do Fórum. “É muito importante porque, para além de aprender sobre saúde na escola, ter esse momento de diálogo aberto com diferentes frentes nos ajuda a mantermos informados, o que nos impulsiona a aprender sempre mais”, comentou.
Presente na abertura do evento, o superintendente da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) e coordenador do Programa Pé-de-Meia no Maranhão, Bruno Cacau, observou que é por meio de espaços de discussão como o Fórum que os direitos constitucionais à saúde são garantidos. “A criação desse espaço de debate auxilia no fomento de políticas públicas de saúde voltadas para os nossos jovens e adolescentes. É através deles que conseguiremos fazer com que essa política pública seja acessível e esse direito constitucional à saúde seja garantido”.
Também estiveram presentes na solenidade de abertura do 1º Fórum Saúde de Adolescentes na Atenção Primária em Saúde a coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Denise Cristina Macedo; a chefe da Coordenação de Atenção às IST/Aids e Hepatites Virais da SES, Jocélia Frazão de Matos; a representante da Secretaria-Geral do Conselho da Juventude (CEJOVEM), Glauciane Silva; a representante do Conselho Estadual de Saúde (CES), Lóide Helena Moreira; e a promotora de Justiça da Saúde, Maria da Glória Mafra.