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Governo debate valorização da vida durante III Seminário Estadual de Prevenção às Violências Autoinfligidas

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu nesta terça-feira (30) o III Seminário Estadual de Prevenção às Violências Autoinfligidas, no auditório Josué Montello, na Universidade Ceuma (campus Renascença), em São Luís. O evento teve como objetivo discutir o fortalecimento de ações intersetoriais de promoção da saúde mental e de prevenção da automutilação e do suicídio no Maranhão.
O seminário ocorreu ao longo de todo o dia e foi destinado a coordenadores dos Departamentos de Saúde Mental dos 217 municípios maranhenses, além de gestores de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades hospitalares, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), bem como a acadêmicos e profissionais de áreas afins.
“A saúde mental é uma prioridade que exige atenção integrada entre saúde, educação e assistência social. O suicídio, infelizmente, é uma das principais causas de morte entre nossos jovens, e por isso precisamos estar atentos em todos os espaços, da família ao trabalho. Idealizamos esse momento para inspirar a identificação de situações de risco, fortalecendo a rede de cuidado e prevenção”, afirmou o superintendente de Atenção Primária à Saúde da SES, Willian Ferreira.
Durante o evento, foram realizadas três mesas de discussão: “Comunicação e sua interface com as violências autoinfligidas”, “Diálogos e perspectivas em saúde mental: as violências autoinfligidas e a intersetorialidade” e “Saúde emocional e mental do trabalhador: um cuidado necessário”. A programação foi aberta com aula magna sobre “As violências autoinfligidas na contemporaneidade: uma prevenção possível?”, ministrada pela psicóloga Thátila Layane Alves Brito, especialista em suicídio e integrante da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma) na Regional de Presidente Dutra.
Acompanhando a agenda, o coordenador do CAPS de Icatu, Rafael Matos, destacou que a prevenção ao suicídio passa pela valorização da vida. “A campanha se estende por todo o ano, não só no CAPS, mas em todos os serviços de saúde mental do estado. Em setembro, intensificamos as ações nos povoados, levando informação e prevenção para mostrar a importância do acolhimento como método, visando à qualidade de vida e ao acompanhamento de quem está adoecido.”
A assistente social Lucélia Corrêa, coordenadora do CAPS I de Viana e especialista em saúde mental, observou que a temática precisa ser priorizada durante todo o ano. “Não apenas nas campanhas alusivas, como Janeiro Branco ou Setembro Amarelo, mas com cuidado contínuo, porque a demanda tem crescido não só entre adolescentes, como também entre idosos.”
Comunicação e sua interface com as violências autoinfligidas
Uma das mesas reuniu profissionais da imprensa para tratar do papel da comunicação na divulgação de ações de promoção da saúde mental. Mediada pela jornalista da Assessoria de Comunicação da SES, Andréa Gonçalves, a mesa contou com as contribuições da jornalista e radialista Amanda Couto e da coordenadora de planejamento e gestão da Rádio Timbira, a radialista Viviane Leite.
“É importante trazer essa discussão para o evento e mostrar como a imprensa tem papel fundamental na divulgação de informações e serviços que promovam a saúde mental. A expectativa da Ascom da SES é intensificar a troca de experiências e explorar estratégias de comunicação com linguagem simples e boas práticas para informar a população e garantir o acesso aos serviços de saúde”, disse Andréa Gonçalves.