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Governo capacita municípios para monitorar saúde de populações expostas a agrotóxicos

Para desenvolver e fortalecer a política de vigilância em saúde relacionada a agrotóxicos, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), deu início, nesta terça-feira (21), em São Luís, a Oficina de Elaboração do Plano para Implantação da Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA). A programação prossegue até quinta-feira (23).
Mais de 50 técnicos municipais de vigilância em saúde ambiental, das Unidades Regionais de Saúde (URS’s) e dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest’s) participam do encontro. A iniciativa visa capacitar os municípios para elaborar seus próprios planos de ação, considerando a realidade de cada território. Os agrotóxicos são amplamente utilizados no Brasil, tanto na agricultura quanto em domicílios para controle de pragas urbanas e na saúde pública para combater vetores de doenças.
“Nosso objetivo é fortalecer a vigilância ambiental no estado, elaborando planos municipais de prevenção e redução de riscos, principalmente da contaminação por agrotóxicos no ambiente de trabalho”, afirmou a coordenadora de Saúde Ambiental, Lorena Franco.
A coordenadora Nacional da Saúde do Trabalhador, Lucineia Freitas, parabenizou a iniciativa, destacando que o tema afeta a vida da população de forma integral, causando doenças crônicas. “O que estamos vendo aqui é um estado preocupado em orientar os técnicos para trabalhar no sentido de conhecer sinais e sintomas nas populações afetadas por agrotóxicos e trabalhar para garantir ambientes de trabalho saudáveis”, completou.
Para o químico Temístocles Batista, técnico da Vigilância Sanitária do município de Matinha, a capacitação chegou em um momento oportuno. “A gestão tem interesse em implantar a vigilância ambiental porque o nosso município está como prioritário e precisamos capacitar as pessoas neste trabalho”, disse o químico.
A ideia é também multiplicar os conhecimentos para outros profissionais. “Temos muitos registros de aplicação de agrotóxicos na região e como isto afeta a saúde da população. A nossa intenção é aprimorar conhecimentos para trabalhar junto às comunidades, reduzir os riscos e replicar as informações”, justificou a coordenadora de Vigilância Ambiental de Chapadinha, Ana Paula Lopes.