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Em webconferência, Governo enfatiza ações de educação em saúde como estratégia para Campanha de Combate ao Câncer de Pênis
- 1 de março de 2024
- Postado por: ascom
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Visando fortalecer a linha de cuidado do homem em todos os ciclos de vida, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), dialogou sobre as ações da Campanha de Combate ao Câncer de Pênis durante webconferência realizada pela na quinta-feira (29).
Participaram do diálogo gestores regionais de saúde e representantes das Vigilâncias Epidemiológica, Atenção Primária em Saúde (APS) e Programa Saúde na Escola (PSE) dos 217 municípios.
“A web vem como pontapé para fomentarmos a discussão em torno do tema ao longo do ano. Para tanto, é importante pensarmos na assistência ofertada pela Atenção Primária a fim de que ela trabalhe de forma integrada, alcançando homens em todos os seus ciclos de vida, fortalecendo a prevenção e o diagnóstico, bem como a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 14 anos contra HPV”, disse a chefe do Departamento de Atenção à Saúde do Adulto e Idoso da SES, Claudiana Cordeiro.
O evento oportunizou aos gestores municipais conhecer a campanha e seus objetivos, que deverão ser executados nas áreas da prevenção, promoção e mobilização, unindo estratégias de educação e saúde destinadas à população masculina maranhense. Neste ano, a mobilização traz o tema “Jogue limpo com o seu amigo”.
A webconferência elencou três temas para discussão: “Câncer de Pênis: O que é, Sintomas, Tratamento e Causas”, “Ações Estratégicas para a Prevenção do Câncer de Pênis na Atenção Primária em Saúde” e “Ações de Educação em Saúde nas Escolas para Jovens e Adolescentes /Programa Saúde nas Escolas”.
O encontro on-line também oportunizou a apresentação das medidas contra o câncer de pênis que vêm sendo reiteradas pela SES. “Algumas ações já estão sendo realizadas, a exemplo do mutirão de cirurgia de postectomia e o incentivo à vacinação contra o vírus HPV dentro das escolas e postos de saúde. Ao longo do ano, também será dada ênfase junto às populações indígena e quilombola, os privados de liberdade e ribeirinhos”, pontuou a enfermeira da Câmara Técnica de Assessoramento dos Serviços de Saúde da SES, Luinar de Miranda Tavares.
Principais fatores, sinais e sintomas do câncer de pênis
O câncer de pênis tem maior incidência em homens que têm 50 anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens. A doença está associada à má higiene íntima, hábitos de vida, infecção pelo HPV e a homens que não se submeteram à circuncisão (fimose). Entre os principais sinais e sintomas, estão: presença de tumor na glande (cabeça do pênis) e no corpo do pênis; secreção branca (esmegma); e aumento anormal do tecido da glande.
Segundo o médico e assessor da SES, Eduardo de Castro, é importante fazer o enfrentamento do tabu envolvendo a doença e reforçar as medidas de prevenção. “Não existe saúde sem educação. A doença é um problema de saúde pública em que a prevenção é a melhor conduta, uma vez que o diagnóstico precoce além de preservar o órgão, também pode salvar vidas”.
No Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% dos tipos de câncer que atingem os homens. No Maranhão, de 2020 a 2023, 103 homens morreram em decorrência da doença, foram realizadas 188 amputações gerais e as amputações em oncologia feitas nestes anos em São Luís, Imperatriz e Caxias, somaram 153 no total.
Neste ano, a campanha tem como público a população masculina em geral, especialmente as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Os esforços estarão voltados para a imunização do público infantil na prevenção do papiloma vírus humano (HPV) entre jovens e adultos.
“O ambiente escolar é o melhor espaço para o desenvolvimento de ações relativas à educação em saúde e autocuidado por ser o local mais acessível para receber desde cuidados básicos, à exames regulares, serviços de saúde mental e cuidados em geral”, reiterou a chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Dennyse Macêdo.
Para o coordenador do PSE Estadual, Jadilson Neto, é preciso promover mudanças a partir do cuidado nos diferentes contextos. “Para abordar a temática dentro das escolas, é necessário ter uma fala direcionada durante todo o ano, pontuando questões que estão no imaginário, fazendo a associação entre educação e saúde no acesso a saberes, transformando comportamentos e também vidas”, destacou.