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Governo e HU-UFMA planejam ação de prevenção à doença renal crônica em comunidade quilombola
O Governo do Maranhão, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizará ação de prevenção à doença renal crônica, na comunidade quilombola de Itamatatiua, no município de Alcântara. A ação será realizada em parceria com Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), no mês de março, em alusão ao Dia Mundial do Rim.
“Nós participaremos da atividade através da Força Estadual de Saúde, além da dispensação de medicações da atenção primária. A Secretaria estará sempre de portas abertas para parcerias como esta, onde unimos ciência, pesquisa e saúde, sempre trabalhando para a promover o cuidado, mais saúde e qualidade de vida aos maranhenses”, disse o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
Na ação em Alcântara, serão ofertadas orientação, triagem de doença renal crônica, identificação de hipertensos, diabéticos, intensificando os cuidados com o grupo de maior risco para doença renal crônica. Será feita ainda, a coleta de exames de laboratório para triagem da creatinina, que é utilizado como marcador para rastreio da doença renal.
De acordo com os estudos, a população negra desenvolve mais hipertensão e diabetes, condições que podem levar ao problema renal. A comunidade quilombola de Itamatatiua foi escolhida devido ao trabalho de pesquisa da UFMA, que já possui uma década.. Por meio da pesquisa, 1.500 pessoas foram selecionadas e cerca de 400 identificados com risco de doença renal, cardiovascular, diabetes e obesidade.
“A cada 10 pessoas, uma terá problema renal. A melhor medicina é a prevenção. Nós estamos engajados na parte de ensino, de prática da rede estadual, para os nossos cursos da área da saúde e em outras áreas afins. Nós temos cooperação, agora estamos ampliando e vamos ter uma parceria mais forte com a Secretaria”, explicou o professor e médico Natalino Salgado.
“Quem sabe a gente tenha um grande estudo de prevalência, para saber como o Estado do Maranhão está em relação à doença renal, que é uma doença silenciosa, subnotificada, mas que tem uma grande repercussão, com complicações cardiovasculares, necessidade cada vez maior de pessoas demandando por terapia renal substitutiva, hemodiálise e transplante”, disse o gerente de Atenção e Saúde do HU-UFMA, Dyego Brito.
Também participaram da reunião, a superintendente do Hospital Universitário, Joyce Gama, o responsável pelo setor de pesquisas do HU-UFMA, Gyl Eanes, a secretária adjunta de Assistência à Saúde da SES, Kátia Trovão e os integrantes da Câmara Técnica, Amarildo Nobre Monteiro, Luinar Tavares e Jeisa Mourão.