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Maranhão dá início à vacinação contra a bronquiolite para proteção de gestantes e recém-nascidos

O Maranhão deu início, nesta quinta-feira (4), à vacinação contra a bronquiolite. Para marcar o momento, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou uma ação especial na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (MACMA), situada no bairro Cohab Anil I, em São Luís. A mobilização tem como foco proteger gestantes a partir da 28ª semana de gestação, bem como recém-nascidos, contra os Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
A empresária Raphaela Dias, de 35 anos, foi a primeira gestante do estado a receber a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório. Grávida de 34 semanas (oito meses) do Pedro, seu segundo filho, ela se disse feliz e grata pela chegada do imunizante no SUS, permitindo que muitas mães fiquem mais tranquilas com a garantia da proteção de seus bebês.
“Eu aguardei muito, assim como muitas outras mães. E para a gente é emocionante, porque é uma segurança a mais que a gente vai ter nos primeiros anos de vida dos nossos filhos. Eu já tenho um filho de dois anos, então eu sei como foram dois anos de muita tensão e medo dele contrair uma bronquiolite. Então a gente fica muito feliz e grata por essa vacina ter chegado agora no SUS”, compartilhou Raphaela.
Ao todo, foram enviadas pelo Ministério da Saúde (MS) para o Maranhão 25.480 doses da vacina, que deverão ser aplicadas em dose única de forma a fortalecer a prevenção contra casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em gestantes, garantindo proteção também para os bebês até o segundo ano de vida.
“Com a dose vamos poder reduzir os casos de bronquiolite em crianças de até os seis meses de vida, sabendo que a vacina as protege até os dois anos de idade, pois a imunização da mãe garante que o bebê também estará imunizado através da produção de anticorpos. Com isso, reduzimos não só os casos de síndromes respiratórias, mas também internações e o risco de óbito”, afirmou a secretária adjunta interina da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde (SAPAPVS-SES), Mayra Nina.
É importante que as gestantes busquem a vacinação a partir dos seis meses e meio de gravidez.
A servidora pública Brenda Matos, 39 anos, está em sua primeira gestação, uma menina que se chamará Emília e aproveitou para se imunizar. “Toda mãe merece a chance de garantir essa proteção ao bebê, porque isso traz uma sensação de tranquilidade. No pré-natal, a gente entende a importância de cada etapa, mas a ansiedade sempre acompanha. Hoje, poder receber a vacina é a realização de um desejo que muitas mães têm. Saio daqui mais tranquila, perto do parto, sabendo que minha filha chegará ao mundo mais protegida”.
Onde vacinar?
A vacinação estará disponível em todas as salas de imunização da rede pública e nos pontos da rede estadual em São Luís, como as Policlínicas Vinhais e Cidade Operária e os hospitais Dr. Genésio Rêgo (Vila Palmeira), Vila Luizão e Aquiles Lisboa (Bonfim). No momento da aplicação da dose é preciso fazer a apresentação da carteirinha de vacinação e documento oficial com foto.
A administração da vacina deve ser registrada e acompanhada pelo profissional do pré-natal, especialmente para gestantes com condições clínicas que exijam atenção específica. Em casos de distúrbios graves de coagulação, que exigem acompanhamento médico, é necessária a orientação do obstetra para definir o melhor momento e as condições de aplicação.
Distribuição da vacina
A distribuição para os 217 municípios acontecerá via Unidades Regionais de Saúde (URS), após o recebimento das doses enviadas pelo MS. Das mais de 25 mil doses, 5.042 serão para a Metropolitana (São Luís – 3.361; São José de Ribamar – 882; Paço do Lumiar – 498; Raposa – 114; Alcântara – 187), 1.078 para Açailândia, 918 para Bacabal, 1.119 Caxias, 1.129 Barra do Corda, 986 Balsas, 1.316 Chapadinha, 1.089 Codó, 2.169 Imperatriz, 1.328 para Itapecuru-Mirim, 803 para Pedreiras, 1.343 Pinheiro, 1.004 Presidente Dutra, 1.073 para Rosário, 1.424 Santa Inês, 837 para Viana, 977 para Timon, 848 para São João dos Patos e 1.023 para Zé Doca.
O cálculo do quantitativo é feito com base nos dados atualizados e históricos das gestantes registrados nos sistemas da Atenção Primária à Saúde (APS). A partir desse levantamento, o estado organiza a entrega considerando também as gestantes que não acessam o pré-natal regularmente e que só podem ser vacinadas a partir da 28ª semana de gestação.