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Projeto Girassol Blues reforça apoio emocional a gestantes e puérperas na Maternidade de Paço do Lumiar

A Maternidade de Paço do Lumiar realizou nesta quarta-feira (26) uma nova edição do projeto Girassol Blues, iniciativa voltada à saúde mental de gestantes e puérperas. O objetivo do projeto é fortalecer redes de apoio, promover bem-estar e facilitar a identificação precoce de sinais de sofrimento emocional, oferecendo encaminhamento sempre que necessário.
O encontro recebeu mulheres já acompanhadas pelo serviço e abriu espaço para novas participantes. Atualmente, dez delas integram o projeto, que oferece acompanhamento regular e acolhimento especializado. A iniciativa faz parte da política de cuidado integral desenvolvida pelo governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e reforça o compromisso com o bem-estar das mulheres em todas as fases da maternidade.
A jovem Mirella Victoria Trindade, de 21 anos, é uma das mulheres acompanhadas pelo projeto Girassol Blues. Gestante de 37 semanas, Mirella enfrenta uma gestação de risco, em razão do diagnóstico de diabetes gestacional e da ansiedade. Para ela, o acolhimento faz toda a diferença no seu dia a dia. “Sou muito bem acolhida. Tanto a psicóloga quanto a assistência social me ajudam em tudo. Fico à vontade para conversar e sempre recebo orientações claras sobre a gestação. Como é meu primeiro filho, às vezes fico insegura, mas aqui encontro apoio. Muitas mães não têm esse suporte em casa e acabam encontrando aqui”, relata Mirella, que aguarda a chegada de Paula Marielle.
O Girassol Blues nasceu da necessidade de oferecer suporte emocional a mulheres que enfrentam situações delicadas durante a gestação ou após o parto. O serviço atende gestantes com sintomas de ansiedade e depressão, puérperas com depressão pós-parto, além de mães em processo de luto por natimortalidade ou perda neonatal.
A coordenadora do Serviço Social da Maternidade de Paço do Lumiar, Fernanda Novais, explica que o projeto surgiu da observação diária. “Durante consultas e exames, percebemos fragilidades sociais e psicológicas. Muitas grávidas chegam com medo, ansiedade e dúvidas sobre o parto, a amamentação e o cuidado com o bebê. Quando essas situações aparecem, a equipe multidisciplinar se reúne para intervir e oferecer o suporte necessário”, afirmou a coordenadora.
Este ano, a unidade registrou 6.836 atendimentos voltados ao cuidado de gestantes de alto risco e obstetrícia.