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SES realiza oficina de construção dos planos de contingência contra arboviroses e vírus respiratórios

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza, nesta quinta (6) e sexta-feira (7), a Oficina de Construção dos Planos de Contingência contra as Arboviroses e Síndromes Respiratórias, no Instituto Navigare, em São Luís. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a capacidade de resposta do estado e dos municípios diante de possíveis surtos de doenças como dengue, zika, chikungunya, influenza e covid-19, de forma coordenada, preventiva e integrada.
A ação reúne profissionais da saúde, representantes das secretarias municipais, unidades regionais de saúde, Instituto Oswaldo Cruz – Laboratório Central do Maranhão e (IOC/Lacen-MA), em um esforço coletivo para construir estratégias de enfrentamento que dialoguem com as diretrizes nacionais e estaduais de vigilância em saúde. A proposta é que o Maranhão disponha de um documento prático, capaz de orientar a atuação de cada setor durante situações de emergência sanitária, desde a notificação de casos suspeitos até o manejo clínico e os fluxos de atendimento em todos os níveis da rede assistencial.
A secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos, falou da importância da integração entre Estado, Municípios e sociedade. “A vigilância é uma política transversal que depende da integração entre todos os níveis da rede e da participação da comunidade. No Maranhão, contamos com quase 18 mil Agentes Comunitários de Saúde que são fundamentais nesse processo, levando informação e identificando precocemente os riscos. Quando temos dados confiáveis e protocolos aplicados corretamente, conseguimos garantir um manejo clínico adequado e uma resposta rápida, fortalecendo o sistema de vigilância e protegendo a vida da população”, disse.
De acordo com a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Dalila Santos, o trabalho é essencial para garantir respostas mais assertivas e salvar vidas. “Estamos construindo, junto com municípios, um plano de ação que permita um enfrentamento mais ágil e coordenado. Um dos eixos mais importantes é o da assistência, pois, com um manejo clínico adequado, conseguimos evitar óbitos. Não precisamos reinventar protocolos, mas aplicá-los corretamente e no tempo certo”, destacou a superintendente.
A oficina aborda temas como mobilização social, fortalecimento da rede laboratorial, vigilância epidemiológica e protocolos de atendimento clínico, reforçando que o preparo e a atuação conjunta são determinantes para reduzir o impacto de epidemias.
Serão tratados ainda, temas como: cenário epidemiológico das doenças, os resultados regionais e as estratégias de monitoramento para 2026 e 2027 e a construção coletiva das responsabilidades e prazos de execução de cada eixo do plano.
A bioquímica Cristiane Bastos, que atua no laboratório da Vigilância Epidemiológica de Balsas, destacou a importância da padronização dos fluxos. “Recebemos amostras de doenças de notificação compulsória, como dengue e zika, e enviamos para análise no IOC/Lacen-MA. Essa atualização nos permite trabalhar de forma mais organizada, garantindo que a coleta e a análise sejam feitas em tempo oportuno. Assim, o atendimento à população melhora e o tempo de resposta também”, explicou.
Já o, responsável pelo Controle Vetorial da Unidade Regional de Saúde de Codó Francisco Santos, reforçou o papel das Unidades Regionais de Saúde (URE) na prevenção. “Nossa função é operacional, mas também educativa. Trabalhamos para manter o controle das arboviroses e orientar as pessoas sobre como evitar o adoecimento”, afirmou.
O resultado esperado é um sistema de vigilância mais preparado, capaz de antecipar crises e reduzir os impactos das doenças infecciosas na vida da população.