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Governo encerra primeira etapa das oficinas de imersão do Projeto Emanuela com participação dos 217 municípios

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), concluiu a primeira etapa das oficinas de imersão do Projeto Emanuela, que reuniu representantes dos 217 municípios maranhenses para a construção de planos de ação voltados à saúde materno-infantil.
Com o tema “Fortalecendo o cuidado das mulheres e crianças maranhenses: Do planejamento à primeira infância”, a iniciativa busca qualificar e fortalecer a Atenção Primária à Saúde, a Vigilância Epidemiológica e Laboratorial, a Imunização, a Vigilância do Óbito e o Serviço de Verificação do Óbito, com foco na redução da mortalidade materna e infantil.
As oficinas foram realizadas em quatro ciclos, contemplando todas as macrorregiões de saúde. A primeira etapa ocorreu na Macrorregião Norte 1, em São Luís, entre os dias 26 e 28 de agosto, reunindo 165 participantes. Em seguida, de 2 a 4 de setembro, foi a vez da Macrorregião Sul, em Imperatriz, com 132 participantes. Nos dias 10 a 12 de setembro, a oficina recebeu a Macrorregião Norte 2, também em São Luís, com 174 participantes. Já de 16 a 18 de setembro, o ciclo se encerrou com a Macrorregião Leste, reunindo 180 participantes de 60 municípios.
Durante três dias em cada etapa, os profissionais vivenciaram atividades teóricas e práticas que abordaram estudos de caso, painéis de dados, metodologias de gestão e inteligência em saúde. A programação foi estruturada em quatro eixos temáticos: aprimoramento e qualificação da Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil; apoio à implementação da Política Estadual de Vigilância Laboratorial; apoio para investigação de óbitos de interesse epidemiológico; e ampliação da cobertura vacinal e controle de doenças imunopreveníveis.
Para a secretária adjunta de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Débora Campos, o projeto reforça o papel estratégico dos municípios. “Encerramos um ciclo de qualificação com os 217 municípios, todos balizados para dar continuidade ao fortalecimento da linha materno-infantil e das vigilâncias em saúde nos territórios. Esse é um processo de construção coletiva que fortalece o SUS e dá protagonismo às equipes locais”, destacou.
A coordenadora de Inteligência em Saúde da SES, Waleska Araújo, ressaltou o uso de dados como diferencial do projeto. “O Projeto Emanuela vai utilizar evidências para apoiar a tomada de decisão em saúde. A partir dos dados, produzimos informação e conhecimento que permitem orientar o planejamento estratégico e reduzir desigualdades regionais”, explicou.
Profissionais municipais também destacaram a importância da integração proporcionada pelas oficinas. “O projeto veio para somar forças da atenção básica com a unidade hospitalar e a vigilância, mostrando nossas realidades e fortalecendo nossas coberturas em todos os níveis, de modo a impactar a população”, disse a enfermeira do Hospital Municipal de São João dos Patos, Sâmara Leão.
Já Edmária Sousa, da coordenação de Vigilância Epidemiológica de Lagoa Grande do Maranhão, ressaltou que o projeto traz a vigilância para dentro do cenário da atenção. “Reforça a prevenção de doenças e a construção de um SUS mais fortalecido”.
O coordenador de Imunização de São Domingos do Maranhão, Francisco Alan Souza, também destacou a relevância da integração. “É fundamental termos uma rede articulada de assistência à saúde, onde cada profissional contribui para a melhoria dos serviços. As informações adquiridas aqui serão multiplicadas nos municípios, garantindo uma atenção mais qualificada às mulheres e crianças”, disse.
Encerrada a primeira etapa de imersão, o Projeto Emanuela seguirá com cursos complementares, formações estratégicas e o monitoramento dos planos de ação municipais, para que as medidas discutidas se consolidem como políticas efetivas e sustentáveis, com impacto direto na qualidade da assistência às mulheres e crianças em todo o Maranhão.