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Governo intensifica ações de conscientização sobre alergias em São Luís

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vem adotando estratégias para promover a qualidade de vida e o bem-estar de pacientes diagnosticados com doenças alérgicas. Em São Luís, a Policlínica da Criança oferta trabalho integrado com equipes de nutrição, medicina e enfermagem, que atuam para conscientizar a população e prevenir alergias. A unidade integra a rede estadual de saúde e é gerenciada pelo Instituto Acqua há três anos.
A costureira Maria Lúcia Pereira, de 54 anos, moradora de Paço do Lumiar, vem buscando alternativas para garantir mais qualidade de vida ao neto Mathias, de 6 anos, diagnosticado com alergia alimentar a produtos derivados de ovo.
“Meu neto tem alergia ao ovo e aos alimentos que contêm ovo. Quando come, a barriga incha bastante. Procurei a Policlínica na esperança de melhorar a vida dele, já que a alimentação afeta até o sono. Desde que começamos a seguir o plano alimentar orientado pela nutricionista, ele melhorou muito”, relatou.
A história de Mathias ilustra a importância de ações educativas para prevenir e controlar doenças alérgicas, especialmente as alimentares. Em alusão ao Dia Mundial da Alergia, celebrado nesta terça-feira, 8 de julho, a Policlínica da Criança intensificou as atividades de conscientização com palestras para pacientes e colaboradores.
“Quando atendemos crianças com diagnóstico de alergia alimentar, orientamos a família para que a criança tenha mais qualidade de vida. Com adultos, trabalhamos a reeducação para reduzir os sintomas. Usamos palestras, planos alimentares e outras estratégias”, explicou a nutricionista Amanda Sousa.
A aposentada Maria Ferreira, de 69 anos, que aguardava atendimento, participou da palestra e elogiou a iniciativa. “Sou alérgica à lactose e recentemente descobri que também não posso comer carne. Vivo medicada e minha qualidade de vida caiu. Procurei ajuda da nutricionista para melhorar. Essas conversas nos ajudam a perceber os sinais e a procurar tratamento. Parabéns aos profissionais pela dedicação”, disse.
Dados e orientações
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população mundial sofre com doenças alérgicas, respiratórias e alimentares. Elas ocorrem quando o sistema imunológico reage de forma exagerada ao contato com determinadas substâncias.
Além das alergias alimentares, são comuns a rinite, conjuntivite, bronquite, dermatite, urticária, angioedema e até inflamações no esôfago e no estômago. Entre os agentes mais comuns estão ácaros da poeira, pólens, proteínas de alimentos, entre outros. Existe também uma predisposição genética, isto é, pais alérgicos tendem a ter filhos com o mesmo quadro.
Para o diagnóstico é fundamental detalhar ao especialista a história clínica, incluindo ambiente em que vive, fatores que desencadeiam os sintomas e histórico familiar. O tratamento pode ser iniciado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Quando necessário, o paciente é encaminhado para especialistas, como nutricionistas, alergologistas, pneumologistas ou dermatologistas.
As ações educativas e preventivas promovidas pela rede estadual de saúde são fundamentais para informar a população, reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.