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Pacientes sob internação no Hospital de Oncologia assistem semifinal do Mundial de Clubes

No Hospital de Oncologia do Maranhão seis pacientes em tratamento assistiram a transmissão da semifinal do Mundial de Clubes entre Fluminense e Chelsea, nesta terça-feira (8), como parte de uma ação de humanização realizada na enfermaria da unidade. Referência no tratamento do câncer no estado, o hospital integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A atividade, coordenada pela equipe de Terapia Ocupacional, integra a extensão do projeto Cinema na Enfermaria e tem como foco promover saúde emocional, aliviar o estresse e estimular funções cognitivas dos pacientes internados por longos períodos.
A proposta surgiu a partir do relato de um paciente, que expressou saudade de acompanhar partidas de futebol. “Aliamos essa demanda espontânea à repercussão da Copa do Mundo de Clubes. Foi uma forma de trazer para dentro do hospital algo que está mobilizando todo o país. Hoje é o segundo jogo que transmitimos. A aceitação tem sido excelente”, explicou a terapeuta ocupacional Érica Alves.
Os pacientes que participaram da atividade estão clinicamente estáveis, mesmo aqueles em uso de dieta especial ou aparelhos. Internados na enfermaria, eles foram incluídos na ação como forma de reduzir o estresse das longas hospitalizações, estimular funções como atenção e concentração e fortalecer os vínculos sociais. A transmissão do jogo oferece um momento de reconexão com a rotina fora do ambiente hospitalar, permitindo que, por algumas horas, esses pacientes voltem a ser torcedores.
A presença do futebol no ambiente hospitalar também teve impacto direto na vivência dos próprios pacientes. Internado há oito dias com linfoma de Hodgkin, Valdecy Gonçalves, de 70 anos, afirmou que o jogo foi uma pausa bem-vinda no processo de internação. “Foi ótimo. A gente fica isolado, e isso ajuda a esquecer um pouco a dor. É uma distração boa. Sou flamenguista, mas hoje acredito torço pro Flu”, disse Valdecy.
Aos 27 anos e em internação há 37 dias por conta de um linfoma não Hodgkin, Laílson Lima também comemorou a oportunidade. “Foi muito bom sair da enfermaria um pouco. A gente investe o tempo e esquece a rotina. O jogo tá difícil, mas acredito no Fluzão. Hoje eu sou Fluminense!”, brincou o paciente, que torce originalmente para o Flamengo.