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Governo oferta tratamento para pacientes com Talassemia com acompanhamento multiprofissional e dispensação de medicamento no Hemomar
- 17 de maio de 2024
- Postado por: ascom
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Com equipe multiprofissional e dispensação de medicamentos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) assiste pacientes com Talassemia no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar). Atualmente, 176 pessoas estão cadastradas no Hemomar para tratamento da doença.
As Talassemias são doenças hereditárias que se caracterizam pela redução ou ausência de hemoglobina, substância dos glóbulos vermelhos do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para todo o corpo.
A doença é herdada dos pais, e entre os sintomas que podem ser percebidos estão: anemia persistente, aparência pálida, aumento do baço, distúrbios cardíacos e endócrinos, atraso no crescimento e na maturação sexual, além de infecções recorrentes.
“O teste do pezinho consegue reconhecer apenas algumas formas das Talassemias e o tratamento é bem variado vai depender de acordo com a gravidade, dependendo também do tipo de Talassemia, tem a alfa e a beta, em casos mais leves apenas com base em ácido fólico e há uma possibilidade de do tratamento com base no transplante de medula óssea, mas é preciso o constante acompanhamento do paciente”, pontuou o diretor Clínico do Hemomar, Ademar Moraes.
Sintomas que foram sentidos pela estudante Ivone da Cruz da Conceição, de 35 anos. A paciente descobriu a doença quando tinha 9 anos. Teve que ser internada por várias vezes por apresentar quadros de fraqueza, palidez, e ainda, por conta do baço avantajado, teve que retirá-lo aos 7 anos de idade.
“Por causa da doença fiz a primeira transfusão aos 3 meses de vida. Foram várias transfusões e a melhora era rápida e aí após alguns dias voltavam os sintomas. Hoje faço acompanhamento no Hemomar a cada 21 dias, e além do hematologista, tenho acompanhamento com endocrinologista, cardiologista, hepatologista, psiquiatra para tratar a ansiedade que veio junto com a doença e sessões de fisioterapia. Tudo tem me ajudado muito, percebo a evolução, parei de ser constantemente internada, dificilmente volta a sentir todos os sintomas e quando sinto é de forma leve”, destacou a estudante.
Especialista alerta que muitos pacientes deixam de fazer o acompanhamento de forma regular ou tratam a doença de forma inadequada. “Nós recebemos inúmeros pacientes que por anos passaram tratando a deficiência de ferro sem ter feito na verdade o diagnóstico correto que era da Talassemia que tem condições muito parecidas. Por ser uma condição genética, o diagnóstico é feito através da eletroforese de hemoglobina, que é um exame feito no Hemomar, e a partir daí conseguimos detectar alterações na hemoglobina e essa condição confirma o diagnóstico. O acompanhamento médico é fundamental para que a doença não chegue a um estágio mais grave ou até mesmo complicações como pedra na vesícula e doenças renais”, explicou a médica hematologista, Tula Siqueira.
No Hemomar, além do acompanhamento médico, os pacientes têm acesso ao ácido fólico, já que por apresentar uma maior produção de glóbulos vermelhos, o organismo das pessoas com Talassemia tem também um consumo aumentado do ácido.